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Brasil – IPP de maio fica em -0,55% Imprimir E-mail

Índice de Preços ao Produtor (IPP) de maio fica em -0,55%

MAIO/11

-0,55%

abril/11

0,28%

maio/10

0,47%

Acumulado em 2011

1,13%

Maio 2011/ Maio 2010 (Acumulado em 12 meses)

5,60%

  Em maio de 2011, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou -0,55% em comparação com o mês anterior, resultado inferior ao observado em abril (0,28%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado 12 meses), os preços variaram 5,6% em maio; em abril, a taxa era de 6,68%. A variação acumulada em 2011 até maio foi de 1,13%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm

Indicador de maio contra abril (-0,55%) é o menor da série

Em maio de 2011, 13 das 23 atividades pesquisadas tiveram variações positivas de preço na comparação com abril, contra 12 do mês anterior.

As maiores variações observadas em maio se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,35%), borracha e plástico (2,15%), produtos de metal (-2,06%) e impressão (-2,05%).

Os itens de maior influência (ou impacto) foram alimentos (-0,36 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,23 p.p.), metalurgia (0,11 p.p.) e outros produtos químicos (-0,09p.p.).

O indicador acumulado no ano atingiu 1,13% em maio, contra 1,69% em abril. Entre as atividades que, em maio de 2011, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador, sobressaíram: têxtil (10,67%), outros produtos químicos (7,76%), borracha e plástico (6,55%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,85%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (0,80 p.p.), alimentos (-0,66 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,43 p.p.) e borracha e plástico (0,23 p.p.).

Na comparação com maio de 2010 (acumulado 12 meses), a variação de preços foi de 5,60%, contra 6,68% em abril. As maiores variações de preços ocorreram em têxtil (25,70%), alimentos (15,85%), outros produtos químicos (14,26%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,51%). As principais influências vieram de alimentos (2,59 p.p.), outros produtos químicos (1,44 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,92 p.p.) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,51 p.p.).

 Em maio de 2011, os preços dos alimentos retraíram em 2,01% quando comparados a abril de 2011. Com isso, o setor acumulou -3,50% de variação em 2011 (comparando maio/2011 a dezembro/2010). Já na comparação com o mesmo mês do ano de 2010, os preços dos alimentos estão 15,85% maiores em 2011. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a série apresentou em março uma taxa de -0,57%, em abril de -1,23% e agora de -2,01%. Por outro lado, na comparação em uma perspectiva anual, a série que em março e abril era de 16,77%, regride agora para estes 15,85%. Os preços do setor vêm caindo ao longo de 2011. Nas três comparações, o setor de alimentos tem influência destacada nos últimos três meses, com exceção do acumulado em março. As demais influências têm sinal negativo nas comparações com o mês anterior e dezembro de 2010 e positivo na comparação com igual mês do ano anterior.

Os preços do setor têxtil, em maio de 2011, tiveram variação negativa de 0,66% comparados a abril. Já nos acumulados no ano e nos últimos 12 meses as variações foram positivas, respectivamente, 10,67% e 25,70%, porém menores do que no mês anterior (11,41% e 27,20% respectivamente). Pela primeira vez nos últimos 12 meses, o índice de preços do setor apresenta variação negativa. Esta inversão se deve, sobretudo, à queda recente do preço do algodão.

Em maio de 2011, os preços da atividade de impressão apresentaram variação negativa de 2,05% comparado ao mês anterior. Com isso, o setor acumula no ano uma variação positiva de 0,77%. O acumulado em 12 meses apresentou variação de 5,51%. Os produtos que mais impactaram a variação mensal foram DVD reproduzidos de matrizes de terceiros e impressos padronizados para uso comercial.  

O setor de refino de petróleo e biocombustíveis registrou variação de -2,04% em maio frente a abril de 2011, a primeira queda no indicador desde agosto de 2010. O indicador de maio inverte uma trajetória ascendente, que se verifica no acumulado do ano, ainda com alta de 3,96%, e nos últimos 12 meses, com elevação de 8,46%. Tal queda se deve, principalmente, à diminuição no nível de preços do álcool etílico, resultado da entrada da safra 2011, com queda na comparação de maio com abril. Na soma de influência dos quatro principais produtos (álcool etílico, óleos lubrificantes básicos, nafta e óleo diesel e outros óleos combustíveis), registra-se um valor de -2,08 p.p. para o indicador mensal.

Os preços do setor de outros produtos químicos tiveram variação negativa de 0,81% em maio de 2011, quando comparado com abril. É o menor valor deste tipo de comparação desde julho de 2010, quando apresentou queda de 1,93% contra o mês anterior. No ano, o setor acumula alta de 7,77%, e nos últimos dozes meses a variação positiva ficou em 14,26%.

Em maio de 2011, os preços de borracha e plástico apresentaram variação positiva de 2,15% comparado ao mês anterior. No acumulado do ano a variação foi de 6,55%, e no acumulado em 12 meses, a variação positiva foi de 7,98%. Tanto na variação mensal quanto no acumulado do ano os pneumáticos novos para motocicletas, os para automóveis e utilitários e os para caminhões e ônibus têm destaque tanto em termos de variação quanto em termos de influência.

Comparados a abril de 2011, os preços dos produtos da metalurgia tiveram uma variação positiva de 1,35%, acumulando 2,12% no ano. O setor apresentou no último quadrimestre variação positiva de 5,2%, contra variação nos últimos 12 meses de -1,63%, ou seja, nos últimos meses vem apresentando recuperação de preços, puxada principalmente por lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço carbono; por bobinas a quente, de aços ao carbono, não revestidas; e por barras de aço ao carbono. O resultado negativo de maio, na perspectiva anual, se deve principalmente aos produtos ligados a siderurgia.

Em maio, os preços dos produtos de metal registraram variação negativa de 2,06%, acumulando no ano variação também negativa de 2,24%. Frente a abril, o setor apareceu entre as quatro atividades com maior variação negativa de preços. Os produtos com as maiores variações de preços no mês (cordas e artefatos semelhantes de alumínio, com alma de aço, não isolados; ferramentas intercambiáveis para máquinas manuais ou máquinas-ferramenta; latas de alumínio para embalagem e palha (lã) de aço, em diversas formas) tiveram sinal negativo.

O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos apresentou variação negativa de 2,35% comparado ao mês anterior, quando a taxa fora de -0,35%. Já no acumulado no ano e nos últimos 12 meses, as variações foram respectivamente -5,85% e -12,50% enquanto no mês anterior os resultados foram -3,58% no acumulado e -9,32% na comparação entre maio/2011 e maio/2010.

O destaque que se tem dado ao setor de veículos automotores deve-se ao fato de ele ser um dos quatro de maior ponderação no mês, não apresentando grandes variações nos níveis de preços. Em maio de 2011, os preços da atividade apresentaram variação positiva de 0,37% comparado ao mês anterior. A variação no acumulado do ano foi positiva em 0,32% e a dos últimos 12 meses, negativa em 0,08%. Automóveis para passageiros, produto de maior peso no setor, influenciaram positivamente o indicador comparativo com o mês anterior, porém a influência foi negativa sobre os demais indicadores. 

Comunicação Social

05 de julho de 2011

 

 
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