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Em junho o IPP fica em 1,33% Imprimir E-mail

Em junho de 2013, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 1,33% em comparação com o mês anterior, resultado superior ao alcançado em maio (0,24%). É a maior variação desde maio de 2012 (1,69%). Em relação aos acumulados até junho, o de 2013 (1,56%) é o segundo menor (o acumulado até junho de 2011 foi de 0,56%).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de fevereiro a maio de 2013 a série foi decrescente (saindo de 7,71% para 4,03%). A taxa de junho (4,25%) é a segunda menor desde maio de 2012.O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página

www.ipp.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp

 

 

19 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços

Em junho de 2013, 19 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 17 do mês anterior. As quatro maiores variações de junho em relação a maio foram em fumo (4,73%), papel e celulose (4,40%), outros equipamentos de transporte (4,11%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,99%). Os itens com maior influência, ou impacto, na variação de junho contra maio (1,33%) foram alimentos (0,45 p.p.), outros produtos químicos (0,22 p.p.), papel e celulose (0,15 p.p.) e metalurgia (0,13 p.p.).

 

O indicador acumulado de 2013 atingiu 1,56% em junho, contra 0,23% em maio. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva do indicador acumulado, sobressaem papel e celulose (7,17%), fumo (6,91%), têxtil (6,09%) e metalurgia (4,66%). Os setores com maior influência foram metalurgia (0,36 p.p.), alimentos (-0,29 p.p.), papel e celulose (0,24 p.p.) e veículos automotores (0,24 p.p.).

 

Na comparação com o mesmo mês de 2012 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 4,25% em junho, contra 4,03% em maio. As quatro maiores variações de preços ocorreram em papel e celulose (10,12%), fumo (9,27%), borracha e plástico (7,24%) e bebidas (5,66%). As principais influências na comparação de junho contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (0,81 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,58 p.p.), outros produtos químicos (0,55 p.p.) e papel e celulose (0,33 p.p.).

 

A variação de preços dos alimentos observada em junho, 2,35% contra maio, foi a maior desde julho de 2012 (3,10%). Com esse resultado, o acumulado no ano, -1,44%, aproxima-se do resultado de janeiro de 2013, -1,52%, depois de ter atingido, em março, -5,23%, e, em maio, -3,70%. Na comparação contra junho de 2012, a taxa foi de 4,12%, superior aos 4,00% de maio, mas inferior à série observada entre março de 2012 (7,84%) e março de 2013 (8,81%). Entre os produtos em destaque, todos com variações positivas de preços, "resíduos de soja" e "açúcar refinado de cana" figuraram entre os de maior influência e de maior variação de preços. No caso da variação de preços, são destaques também "manteiga de cacau" e "açúcar demerara, inclusive açúcar VHP". Outros dois produtos em destaque em termos de influência são "leite esterilizado / UHT / longa vida" (entressafra) e "carnes de bovinos frescas ou refrigeradas".

 

A fabricação de papel e celulose registrou em junho o maior resultado mensal do ano de 2013, 4,40%. Apesar do acumulado no ano ter evoluído a 7,17%, seu resultado não supera o seu equivalente no ano passado (o acumulado em junho de 2012 foi de 9,57%). A atividade registrou também 10,12% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o resultado mais expressivo desde fevereiro de 2013 (12,26%). Com esse resultado também a atividade atinge em junho de 2013 o maior valor da série histórica desde o início da série (dezembro de 2009). Os resultados desse setor de atividade foram significativamente impactados pela combinação de valorização do dólar com o aumento dos valores praticados nas exportações de celulose. Os produtos que mais influenciaram os indicadores acumulado no ano, comparação com o mês anterior e comparação com o mesmo mês do ano anterior, todos com valores positivos, foram “celulose”, “papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica”, “cadernos” e “papel kraft para embalagem não revestido”.

 

A atividade de refino de petróleo e produtos do álcool registrou variação de -0,56% em junho com relação a maio de 2013, seguindo trajetória negativa registrada no mês anterior. No ano, o setor acumulou alta de 1,28%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, junho registrou resultado de 5,34%. Do setor de álcool, o “álcool etílico (anidro ou hidratado)” apareceu mais uma vez com níveis inferiores aos do mês anterior. No setor de produtos de petróleo, o destaque ficou por conta de “naftas”, “óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “querosenes”. Pelo terceiro mês consecutivo os preços de naftas registraram queda na comparação com os meses anteriores. Na série histórica, a tendência de desaceleração dos preços vem se dando desde outubro de 2012, seguindo os preços internacionais. Completando os produtos em destaque, “óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “querosenes” possuem trajetórias similares nos últimos meses, com desaceleração observada nos últimos três meses. No ano, os produtos em destaque foram “naftas”, “querosenes de aviação”, “gasolina” e “óleo diesel e outros óleos combustíveis”. Apesar das quedas recentes nos níveis de preço do diesel, “óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “gasolina” se destacaram pelo viés positivo, enquanto “naftas” e “querosenes” registraram queda no ano. Nos últimos doze meses, observa-se que os mesmos produtos aparecem como destaque, à exceção dos “querosenes”, que dão espaço aos “óleos lubrificantes básicos”.

 

Outros produtos químicos registraram em junho variação de preços de 1,98% com relação a maio, invertendo trajetória negativa apresentada no mês anterior, quando havia registrado -1,43%. No ano, o nível de preços acumulou 1,51%, enquanto que, no comparativo com junho de 2012, o setor apresentou alta de 5,01%. Em se tratando dos valores de junho frente a maio, os quatro produtos em destaque são provenientes de três grupos distintos, todos com viés positivo. Da química orgânica, “etileno” e “propeno”. Apesar do posicionamento positivo do nível de preços do mês de junho, observa-se queda na trajetória do indicador dos últimos meses. Pode ser observada desaceleração nos preços desta categoria desde o último trimestre de 2012. Os defensivos agrícolas se destacaram com “herbicidas”. A química inorgânica registrou influência de “adubos NPK”. Juntos, os quatro somaram 1,34 p.p., de 1,98% do total do setor. O indicador acumulado se diferencia, em termos de produtos destacados, do indicador mensal. A diferença ficou por conta da cadeia de química orgânica, representada apenas por “propeno”, dando espaço às resinas e elastômeros, com o produto “PVC”. De todos os produtos destacados, apenas “amônia” registrou valores negativos para o ano. Na comparação com junho de 2012, os destaques ficaram por conta de “herbicidas”, “propeno”, “PEAD” e “ureia”. Nos últimos doze meses, apenas “ureia” registrou valores negativos.

 

 Em junho de 2013 o setor de metalurgia apresentou pela quinta vez no ano variação positiva de preços. O resultado de 1,62%, em relação a maio de 2013, foi a maior variação desde maio de 2012. Os quatro produtos com maiores variações de preços também foram os selecionados como os mais influentes no mês, sendo que dois são ligados à metalurgia do aço: com variação positiva, “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” e, com variação negativa, “tubos de aços com costura”. Os outros dois produtos são ligados à metalurgia de metais não ferrosos e tiveram variações positivas: “alumínio não ligado em formas brutas” e o “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”. Analisando a influência, porém em relação ao acumulado do ano e aos últimos 12 meses, apareceram os mesmos quatro produtos em destaque, todos ligados ao aço e com influências positivas. O acumulado no ano teve variação positiva de 4,66%, superior aos acumulados em junho de 2012 (1,97%) e 2011 (0,23%), mas inferior ao junho de 2010 (8,32%). Considerando que nos últimos 12 meses a variação média no setor foi de 3,90% com uma sensível recuperação de preços no ano corrente, mesmo com a produção nacional em queda e o excesso de oferta mundial, graças principalmente às novas normas tributárias que entraram em vigor no inicio do ano e ao câmbio favorável para as exportações.

 

Comunicação Social

 

31 de julho de 2013

 

 
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