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Brasil - Em outubro, IPP fica em -0,37% Imprimir E-mail

Em outubro de 2013, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou -0,37% em comparação ao mês anterior, número inferior ao observado na comparação entre setembro/13 e agosto/13 (0,57%). Esse é o primeiro resultado negativo na série desde fevereiro de 2013 (-0,35%). O indicador acumulado em 2013 atingiu 4,47%. Já o acumulado em 12 meses ficou em 5,18% em outubro, contra 5,81% em setembro.

 O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/

 

9 das 23 atividades tiveram variação positiva

 Em outubro de 2013, nove das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 13 do mês anterior. As quatro maiores variações, tanto positivas como negativas, de outubro em relação a setembro se deram entre: fumo (-2,60%), bebidas (2,43%), outros equipamentos de transporte (-2,29%) e outros produtos químicos (-1,80%). Os setores que mais influenciaram nesta comparação foram outros produtos químicos (-0,20 p.p.), alimentos(-0,10 p.p.), bebidas (0,07 p.p.) e metalurgia (-0,07 p.p.).  O indicador acumulado no ano (outubro/13 contra dezembro/12) atingiu 4,47%, contra 4,85% em setembro/13. Entre as atividades com maiores variações percentuais destacam-se: bebidas (8,93%), têxtil (8,63%), fumo (7,47%) e impressão (-6,73%). Os setores de maior influência nesta comparação foram: alimentos (1,10 p.p.), metalurgia (0,48 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,45 p.p.) e outros produtos químicos (0,45 p.p.).

 

 Na comparação com o mesmo mês de 2012 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 5,18%, contra 5,81% em setembro. As quatro maiores variações de preços ocorreram em fumo (10,50%), bebidas (7,87%), têxtil (7,84%) e papel e celulose (7,68%). As principais influências para este indicador vieram de alimentos (1,33 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,57 p.p.), metalurgia (0,54 p.p.) e outros produtos químicos (0,48 p.p.).  

 

Alimentos: o resultado de outubro (-0,47%) é o primeiro negativo desde março de 2013 (- 1,22%). Com isso, o acumulado do ano recuou de 5,93%, em setembro, para 5,43%. Mesmo assim, na comparação com o mesmo mês no ano anterior, a série é crescente desde julho de 2013 (3,58%), tendo chegado em outubro a 6,64%. Destaca-se que dos três outubros da série que se inicia em dezembro de 2010 (o de 2011, o de 2012 e o de 2013), o mais recente é o menor resultado deles (9,88% em outubro de 2011 e 13,17% em 2012). No caso da influência no indicador em relação ao mês anterior, destacam-se "leite esterilizado/UHT/Longa Vida", com viés negativo; "açúcar cristal" (único com variação positiva); "resíduos da extração de soja" e "carnes e miudezas de aves congeladas". Os quatro produtos em destaque em termos de influência contribuíram com -0,37 p.p. (de -0,47%). Vale destacar que em outubro, pelo segundo mês consecutivo, o real valorizou-se frente ao dólar (3,6% em outubro e 3,1% em setembro), com impacto de baixa no indicador. Soma-se a isso, no caso de soja, a chegada da safra americana ao mercado, com reflexos também de baixa nos preços. Já no caso de açúcar, uma série de fatores (chuva com impacto na colheita de cana e incêndio no porto de Santos) foi importante na elevação de seus preços.

 

Bebidas: Os preços médios das bebidas variaram 2,43% em outubro contra setembro. Com isso, o acumulado em 2013 alcançou 8,93%. Na comparação com outubro de 2012, os preços mais recentes ficaram 7,87% mais altos. Os indicadores de outubro de 2013 tanto para o acumulado do ano como para o acumulado em 12 meses foram os menores das respectivas séries. No caso do acumulado em 12 meses, o resultado mais recente é menor do que os outros dois que completam a série (o de 2011, 11,66%, e o de 2012, 16,30%). 

 

 Refino de petróleo e produtos de álcool: a atividade registrou variação de -0,13% em outubro com relação a setembro de 2013, invertendo trajetória positiva registrada desde julho.  No ano, o setor acumulou até outubro alta de 4,13%.  Ao se comparar o resultado do indicador mês/mesmo mês do ano anterior, outubro registrou variação de 5,18%. Em termos de influência, os quatro produtos que mais pesaram neste indicador foram responsáveis por -0,16 p.p., todos com viés negativo e ligados ao refino de petróleo, com exceção do álcool, que registrou nível superior ao mês anterior após dois meses consecutivos de queda. Óleo diesel e outros óleos combustíveis e naftas, além dos óleos lubrificantes básicos, do grupo de derivados do petróleo, sustentaram a variação negativa do setor como um todo.

 

 Outros produtos químicos: a indústria química registrou em outubro -1,80% com relação a setembro, primeira variação negativa após quatro meses consecutivos de elevação no nível preços do setor. No acumulado do ano, o setor registra 4,02%, enquanto no comparativo outubro 2013/outubro 2012 o setor apresentou alta de 4,34%. Quatro produtos, provenientes de três grupos distintos, são influentes no setor, todos com viés negativo, destacando-se os adubos e fertilizantes, com o produto adubos ou fertilizantes à base de NPK. A química orgânica apresenta os produtos etileno e propeno, que, como petroquímicos básicos, possuem forte influência dos preços da nafta, a qual, por sua vez, registrou seu primeiro mês de variação negativa após três meses de alta, resultado influenciado pela variação do dólar. Os intermediários para fertilizantes registraram influência dos superfosfatos

 

 Metalurgia: pelo segundo mês consecutivo, o setor de metalurgia apresentou variação de preços negativa: - 0,90% em relação a setembro de 2013. Vale dizer que, dos três outubros da série que se iniciou em 2010, o deste ano é o de maior resultado, com valor acumulado até o mês de 6,26%. Em relação aos últimos 12 meses, o resultado foi de 7,06%. A recuperação dos preços do setor, mesmo com a produção nacional em queda e a alta oferta mundial de aço, deve-se principalmente às novas normas tributárias, as quais entraram em vigor no início do ano, junto um câmbio favorável em 2013 (apesar do recuo do dólar ocorrido nos últimos 2 meses).     Comunicação Social

28 de novembro de 2013
 
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