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Em novembro, Índice de Preços ao Produtor varia 0,62% Imprimir E-mail
Os preços das Indústrias de Transformação variaram 0,62% em relação a outubro, acima do observado na comparação entre outubro e setembro 2013 (-0,45%). O acumulado no ano atingiu 5,04%, contra 4,39% em outubro. Já o acumulado em 12 meses foi de 5,47%, contra 5,09% em outubro. O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada em www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp.

 

 

Em novembro de 2013, os preços das Indústrias de Transformação variaram 0,62% quando comparados a outubro, número superior ao observado na comparação entre outubro e setembro (-0,45%). Foi a quarta maior taxa do ano, perdendo para agosto (1,43%), junho (1,32%) e julho (1,21%). Não por acaso, nestes meses ocorreram as maiores desvalorizações do real frente ao dólar: 6,78% (junho), 3,68% (julho), 4,00% (agosto) e 4,89% (novembro).

 

Em novembro, ainda nessa comparação, dezesseis das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 9 do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em novembro se deram nas seguintes atividades industriais: fumo (5,10%), outros equipamentos de transporte (3,08%), calçados e artigos de couro (2,78%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,59%). Em termos de influência sobre a variação em relação ao mês anterior (0,62%), sobressaíram alimentos (0,25 p.p.), outros produtos químicos(-0,10 p.p.), metalurgia (0,09 p.p.) e veículos automotores (0,08 p.p.).

 

Em novembro de 2013, o acumulado no ano atingiu 5,04%, contra 4,39% em outubro/13. As atividades com as maiores variações percentuais neste indicador foram: fumo (12,94%), calçados e artigos de couro (9,22%), bebidas (8,72%) e têxtil (8,28%). As maiores influências vieram de alimentos (1,29 p.p.), metalurgia (0,57 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,43 p.p.) e veículos automotores (0,36 p.p.).

 

Já no acumulado em 12 meses, a variação foi de 5,47%, contra 5,09% em outubro. As quatro maiores variações de preços ocorreram em fumo (14,63%), papel e celulose (8,84%), calçados e artigos de couro (8,35%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,15%). As principais influências vieram de alimentos (1,42 p.p.), metalurgia (0,61 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,47 p.p.) e veículos automotores (0,39 p.p.).

 

Alimentos: o resultado de novembro (1,22%) reverte a queda do mês anterior. Com isso, o acumulado no ano chegou a 6,38% e o dos 12 meses, a 7,04%.Apenas um produto se destaca na variação mensal e em influência: "leite esterilizado / UHT / Longa Vida", com viés negativo. Os que completam os destaques da variação são "bombons e chocolates com cacau", "sorvetes, picolés e produtos gelados comestíveis" e “manteiga de cacau”, todos com variação positiva. No caso da influência, os outros três produtos, todos em alta, foram "açúcar cristal", "resíduos da extração de soja" e "sucos concentrados de laranja”. Os quatro destaques em influência contribuíram com 0,59 p.p. (de 1,22%).

 

Refino de petróleo e produtos de álcool: variação de -0,14% em novembro com relação a outubro de 2013, seguindo trajetória negativa registrada no mês anterior. Na composição geral do índice das indústrias de transformação, o setor participou com -0,02 p.p. No ano, o setor acumula alta de 3,96% e, nos 12 meses, de 4,32%. Em novembro frente a outubro, os quatro produtos que mais pesaram no indicador explicam  - 0,11 ponto percentual de -0,14% de todo o setor: os produtos derivados do petróleo “querosenes de aviação” e “naftas” tiveram variação negativa, mas “óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “álcool etílico (anidro ou hidratado)” tiveram alta. No ano, todos os produtos em destaque apresentam viés positivo: “óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “gasolina automotiva”, “querosenes” e “álcool”. À medida que o final do ano se aproxima, o indicador acumulado se aproxima daquele que considera doze meses anteriores.

 

Outros produtos químicos: - 0,92% com relação a outubro, segunda variação negativa após quatro meses de altas. O setor participou com -0,10 ponto percentual no índice geral. No acumulado do ano, o setor registra 3,05%, e nos 12 meses, 3,48%. No mês, os quatro produtos em destaque são provenientes de três grupos distintos: “adubos ou fertilizantes à base de NPK” ,“etileno” e “propeno” (com variação negativa); “propeno” (alta) e “polietileno de alta densidade (PEAD)”, também como influência positiva. No ano e nos últimos doze meses, “herbicidas”, “propeno” e “polipropileno”, em destaque, apresentam alta, apesar da queda no último mês. O produto “adubos à base de NPK” teve queda.

 

Metalurgia: O resultado de novembro (1,20%) reverte a situação de queda ocorrida nos dois meses anteriores. Com isso o acumulado no ano passou de 6,14% em outubro para 7,41% e, desse modo, tanto ele quanto o resultado acumulado nos últimos 12 meses (8,01%) são os maiores entre os três novembros da série que se inicia em dezembro de 2010.As quatro maiores variações de preços do setor metalúrgico, duas foram negativas, ligadas à metalurgia do aço, e duas foram positivas, relativas a metais não ferrosos, que acompanham de perto a Bolsa de Londres. Destes produtos, os que foram destaques na elevação de preço também foram na influência no mês: “alumínio não ligado em formas brutas” e “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”.Em relação ao acumulado do ano e aos últimos 12 meses, os mesmos quatro produtos foram destacados, todos com variações positivas de preços: “alumínio não ligado em formas brutas”, “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos”, “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”.

 

Veículos automotores: em relação a outubro, houve alta de 0,72%, revertendo o resultado negativo ocorrido em outubro. Os produtos que mais se destacaram foram “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “peças para motor de veículos automotores”, “motores de partida para motores de explosão” e “caminhão-trator para reboques e semi-reboques”. O acumulado no ano evoluiu para 3,18%, acima do acumulado em novembro 2012 (0,79%). Já no acumulado em 12 meses, a atividade registra valores positivos ao longo de 2013, chegando a 3,44% em novembro. Os destaques, nos acumulados no ano e em 12 meses foram “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “peças para motor de veículos automotores” e “caminhão-trator para reboques e semi-reboques”, com variações positivas. O produto “chassis com motor para ônibus ou para caminhões” se destaca ainda com variação negativa, em ambos os indicadores.

 

Comunicação Social, 7 de janeiro de 2014
 
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