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Índice de Preços ao Produtor (IPP) de março varia em -1,21% Imprimir E-mail

Período

TAXA

Março de 2016

-1,21%

Fevereiro de 2016

-0,63%

Março de 2015

1,86%

Acumulado no ano

-1,17%

Acumulado nos 12 meses

5,25%

Em fevereiro de 2016, os preços da indústria geral variaram, em média, -0,58% em relação ao mês anterior, resultado inferior ao observado em janeiro (0,68%). O acumulado no ano ficou em 0,09% em fevereiro, contra 0,68% em janeiro. O acumulado em 12 meses ficou em 8,57%, contra 9,99% em janeiro. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 10 apresentaram variações positivas de preços, contra 18 do mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

 A publicação completa do IPP pode ser acessada no link http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm

 

Indústria Geral e Seções

Variações (%)

M/M-1

Acumulado Ano

M/M-12

JAN/16

FEV/16

MAR/16

JAN/16

FEV/16

MAR/16

JAN/16

FEV/16

MAR/16

Indústria Geral

0,68

-0,63

-1,21

0,68

0,04

-1,17

9,99

8,52

5,25

B - Indústrias Extrativas

-14,43

-0,46

6,56

-14,43

-14,83

-9,23

-11,09

-23,64

-20,17

C - Indústrias de Transformação

1,11

-0,63

-1,40

1,11

0,46

-0,94

10,62

9,63

6,13

 Em março de 2016, a variação de preços de -1,21% frente a fevereiro repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -1,00% em bens de capital; -1,81% em bens intermediários; e -0,29% em bens de consumo, sendo que -0,07% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -0,36% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

 A influência das grandes categorias econômicas sobre a indústria geral foi a seguinte: -0,09 ponto percentual (p.p) de bens de capital, -1,02 p.p. de bens intermediários e -0,10 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,10 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,01 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano, as variações de preços da indústria acumularam, até março, variação de -1,17%, sendo 0,95% a variação de bens de capital (com influência de 0,08 p.p.), -3,01% de bens intermediários (-1,71 p.p.) e 1,33% de bens de consumo (0,46 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,15 p.p. pelos produtos de “bens de consumo duráveis” e 0,31 p.p., pelos “bens de consumo semiduráveis e não duráveis”.

No acumulado em 12 meses, a variação de preços da indústria alcançou, em março, 5,25%, com as seguintes variações: bens de capital, 8,10% (0,70 p.p. de influência); bens intermediários, 3,09% (1,75 p.p.); e bens de consumo, 8,09% (2,79 p.p.), sendo que a influência de “bens de consumo duráveis” foi de 0,39 p.p. e a de “bens de consumo semiduráveis e não duráveis” de 2,41 p.p.

 

 

Oito das 24 atividades industriais tiveram alta

Em março/2016, 8 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior, contra 10 do mês anterior. As quatro maiores variações se deram entre indústrias extrativas (6,56%), outros equipamentos de transporte (-4,86%), fumo (-4,86%) e outros produtos químicos (-4,11%). As maiores influências vieram de outros produtos químicos (-0,43 p.p.), alimentos (-0,34 p.p.), papel e celulose (-0,15 p.p.) e indústrias extrativas (0,15 p.p.).

O indicador acumulado no ano atingiu -1,17% em março/2016, contra 0,04% em fevereiro. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: indústrias extrativas (-9,23%), outros produtos químicos (-6,35%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,14%) e produtos de metal (4,93%). Já as maiores influências vieram de outros produtos químicos (-0,68 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,44 p.p.), Indústrias extrativas (-0,25 p.p.) e veículos automotores (0,19 p.p.).

No acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida em março de 2016 foi de 5,25%, contra 8,52% no mês anterior. As quatro maiores variações ocorreram em indústrias extrativas (-20,17%), outros equipamentos de transporte (15,22%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (14,77%) e fumo (13,90%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (2,26 p.p.), Indústrias extrativas (-0,67 p.p.), veículos automotores (0,59 p.p.) e outros produtos químicos (0,54 p.p.).

Indústrias extrativas: em março, depois de resultados negativos ininterruptos desde novembro de 2015, a variação contra o mês anterior foi de 6,56%. Mesmo com esse resultado positivo, tanto o acumulado no ano (-9,23%) quanto a comparação com o mesmo mês do ano passado (-20,17%) mantiveram-se com variações negativas. O resultado positivo observado no mês se deve às variações em "óleos brutos de petróleo" e "minérios de ferro", que, por sua vez, são negativas nas demais comparações.

Alimentos: em março, a variação média dos produtos que compõem a atividade de alimentos foi de -1,68%, primeiro resultado negativo desde maio de 2015 (-0,63%) e segundo maior resultado negativo da série (o primeiro foi o de fevereiro de 2013, -2,58%). Com essa variação, o acumulado recuou de 1,95%, em fevereiro, para 0,24%, em março. O acumulado em 12 meses, por sua vez, ao atingir a variação de 11,82% chega ao menor resultado observado desde agosto de 2015 (7,84%).

Em relação ao mês anterior, há uma interseção de três produtos no conjunto das quatro maiores variações e das quatro maiores influências; são eles: "leite esterilizado / UHT / Longa Vida", "carnes de bovinos frescas ou refrigeradas" e "carnes de bovinos congeladas". Desses, as variações de preços das carnes foram negativas e a do leite, positiva. O quarto produto destacado em termos de influência foi "resíduos da extração de soja", também com variação negativa. Os quatro produtos de maior influência responderam por -1,19 p.p. da variação de -1,68%.

Papel e celulose: o setor de fabricação de celulose, papel e produtos de papel apresentou, em março, a maior queda no índice de preços ao produtor desde o início da medição, em janeiro de 2010, da ordem de -4,04% em relação ao mês anterior. Com o índice de março, o setor acumula uma queda de -2,58% em 2016, mas mantém uma variação positiva de 8,34% desde março de 2015.

Os quatro produtos que mais influenciaram o setor em março foram: “celulose”; “papel kraft para embalagem não revestido”, “papel, não revestido, para usos na escrita, impressão e outros fins gráficos, não revestidos de matéria inorgânica”; e “caixas de papelão ondulado ou corrugado”. Esses quatro produtos foram responsáveis por -4,06 p.p. dentro da variação de  -4,04% do setor.

Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor, na comparação com fevereiro variaram, em média, em -0,54% em março. Com isso a variação acumulada no ano foi de -4,19%. Na comparação com igual mês de 2015, a variação é positiva, 4,11%.

O recuo de preços de “naftas” e “óleos lubrificantes básicos” foram destaques na variação negativa, contrabalançando as variações positivas de “gasolina automotiva” e “óleo diesel e outros óleos combustíveis”. Os dois últimos produtos têm o maior peso no cálculo do produto, somando quase 70%, logo, se conclui que as variações nos produtos com queda foram mais intensas, a ponto de compensar o peso destes produtos. Os quatro produtos de maior influência responderam por -0,55 p.p. da variação de -0,54%.

Outros produtos químicos: os preços da indústria química registraram no mês de março uma variação negativa de 4,11%, maior queda no setor, neste tipo de comparação, desde o início da série do IPP em janeiro de 2010, o que gerou uma variação acumulada de preços no ano de -6,35% e de 5,33% em 12 meses.

Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior (“adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado”, “polipropileno(PP)” e “PEAD”)  representaram -2,62 p.p. no resultado de -4,11%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -1,49 p.p.

Veículos automotores: em março, a variação média dos produtos do setor de veículos automotores foi de -0,26%, fazendo com que o acumulado no ano retrocedesse de 2,09%, em fevereiro, para 1,82%, em março. Na comparação com igual mês de 2015, os preços de março de 2016 estão 5,47% maiores que os de março de 2015, numa série que é decrescente desde janeiro de 2016 (7,14%).

Os destaques, tanto em termos de variação quanto de influência, em relação ao mês anterior, são de variações negativas de preços. Dois produtos (“caixas de marcha para veículos automotores” e “carrocerias para ônibus”) aparecem nas duas listas. No caso da influência, os outros dois são “peças para motor de veículos automotores” e “caminhão-trator para reboques e semirreboques”. Os quatro produtos de maior influência responderam por     -0,21 p.p. da variação de -0,26%.

Outros equipamentos de transporte: em março de 2016, os preços do setor apresentaram variação de -4,86% na comparação com o mês imediatamente anterior, repetindo o sinal da variação de fevereiro (-0,32%). A variação acumulada no ano registrou  -1,58%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, os preços do setor registraram aumento de 15,22% – segunda maior taxa registrada na indústria geral e maior taxa da indústria de transformação.

A redução verificada nos preços de “Aviões de peso superior a 2.000 kg” (aderentes à variação cambial - R$/US$) foi o principal responsável pelo resultado no mês. Os outros dois produtos investigados (“Fabricação ou manutenção de embarcações” e “Motocicletas com mais de 50cm3”) apresentaram preços maiores em março na comparação com fevereiro.

Comunicação Social,
29 de abril de 2016

 

 

 

 
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