Índice de Preços ao Produtor (IPP) de junho varia em 0,52% |
Em junho, os preços da indústria geral variaram, em média, 0,52% em relação ao mês anterior, resultado inferior ao observado em maio (0,90%). O acumulado no ano ficou em -0,08% em junho, contra -0,60% em maio. O acumulado em 12 meses ficou em 5,67%, contra 5,62% em maio. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 11 apresentaram variações positivas de preços, contra 10 do mês anterior.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses
Na comparação junho 2016/maio 2016, as quatro maiores variações de preços ocorreram em alimentos (2,71%), fumo (-2,35%), outros equipamentos de transporte (-2,29%) e indústrias extrativas (-1,72%). Nesse indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (0,56 p.p.), refino de petróleo e produtos do álcool (0,16 p.p.), outros equipamentos de transporte (-0,06 p.p) e indústrias extrativas (-0,05 p.p.). No acumulado no ano, as quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (12,62%), outros produtos químicos (-7,90%), outros equipamentos de transporte (-7,12%) e minerais não-metálicos (-6,16%). Nesse indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (1,18 p.p.), outros produtos químicos (-0,84 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,53 p.p.) e indústrias extrativas (0,35 p.p.). Na comparação junho 2016/junho 2015, as quatro maiores variações de preços ocorreram em alimentos (19,63%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (14,35%), impressão (11,48%) e fumo (10,95%). Nesse indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (3,68 p.p.), veículos automotores (0,47 p.p.), outros produtos químicos (-0,43 p.p.) e borracha e plástico (0,23 p.p.). Em junho de 2016, a variação de preços de 0,52% frente a maio repercutiu da seguinte maneira entre as Grandes Categorias Econômicas: -0,70% em bens de capital; 0,74% em bens intermediários; e 0,49% em bens de consumo, sendo que 0,13% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,60% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Do resultado da indústria geral, 0,52%, a influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: -0,06 p.p. de bens de capital, 0,41 p.p. de bens intermediários e 0,17 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,16 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,01 p.p. nos bens de consumo duráveis.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Na perspectiva do acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até junho, variação de -0,08%, sendo -1,42% a variação de bens de capital (com influência de -0,12 p.p.), -1,20% de bens intermediários (-0,68 p.p.) e 2,09% de bens de consumo (0,72 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,15 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,57 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Na taxa anual (junho 2016/junho 2015), a variação de preços da indústria alcançou, em junho, 5,67%, com as seguintes variações: bens de capital, 5,04% (0,44 p.p.); bens intermediários, 3,97% (2,26 p.p.); e bens de consumo, 8,65% (2,97 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,29 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 2,68 p.p. 11 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 11 apresentaram variações positivas de preços, contra 10 do mês anterior. A seguir, destacamos alguns setores: Indústrias extrativas: em junho, os preços do setor apresentaram variação negativa Alimentos: Os preços do setor, na passagem de maio para junho, tiveram variação positiva de 2,71%, um pouco abaixo da observada entre abril e maio (2,84%). Com esse resultado, o acumulado saltou de 3,09% (maio) para 5,89% (junho). Na comparação entre junho de 2016 e junho de 2015, os preços atuais são 19,63% maiores que os do ano passado - resultado que, para o mês de junho, é o maior da série (que teve início em dezembro de 2010). Na comparação junho/maio, há um destaque para o leite, sendo que, entre as quatro maiores variações, três produtos são derivados do leite in natura (“leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, “leite em pó, blocos ou grânulos” e “leite pasteurizado, inclusive desnatado”). Desses três produtos, “leite esterilizado / UHT / Longa Vida” sobressai entre as maiores influências, acompanhado, na lista das quatro maiores influências, por “resíduos da extração de soja” (o quarto produto entre as maiores variações), “açúcar cristal” e “arroz descascado branqueado, parbolizado ou não”. A influência desses quatro produtos foi de 2,66 p.p., na variação de 2,71%, o que significa que a influência dos outros 39 produtos selecionados para o setor foi de 0,05 p.p. Vale pontuar que a variação observada em junho faz com que o setor de alimentos figure como a maior variação positiva de preços entre todos os setores das indústrias extrativas e de transformação e também seja a maior influência nos três indicadores calculados nessa análise (0,56 p.p. em 0,52% na perspectiva do M/M-1; 1,18 p.p. em -0,08%, no acumulado; e 3,68 p.p. em 5,67%, no M/M-12). Refino de petróleo e produtos de álcool: em junho, depois de seis resultados negativos na comparação M/M-1, os preços do setor tiveram variação de 1,61%. Mesmo assim, observa-se uma variação acumulada negativa até junho, -5,02% (contra -6,55% em maio). Por fim, na perspectiva do M/M-12, os preços de junho de 2016 estão maiores em 1,27% aos de junho de 2015 - nessas comparações entre o mês de 2016 e o mesmo mês de 2015, o resultado de junho é o segundo menor (em maio havia sido 0,09%). As variações de preços observadas no setor se explicam por um lado pelo aumento do preço de “álcool etílico (anidro ou hidratado)” - entresssafra em um ambiente em que o preço internacional do açúcar está em alta - e por outro pelo aumento de preços de produtos de menor peso no cálculo do índice do setor (“naftas”, que é o quarto produto de maior peso, “querosenes de aviação” e “óleos lubrificantes básicos” Outros produtos químicos: a indústria química registrou no mês de junho uma variação positiva de preços de 0,25% em relação a maio, mantendo pelo segundo mês consecutivo uma situação de elevação de preços, mas que mesmo assim não foi suficiente para reverter a variação acumulada de preços no ano de -7,90% e de -3,98%, nos últimos 12 meses. O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais, aos custos associados à energia elétrica, à compra de matérias-primas importadas, à cotação do dólar (depreciação da moeda americana frente ao Real de 11,5% no acumulado do ano) e aos preços da nafta, produto com queda de preços no acumulado do ano e na comparação maio de 2016 contra maio de 2015, o que também explica em parte a redução dos preços do setor nestes períodos. Borracha e plástico: o destaque dado ao setor nessa análise se deve ao fato de, na perspectiva do M/M-12, a variação observada a coloca como a quarta maior influência (0,23 p.p. em 5,67%) entre todas as atividades das indústrias extrativas e de transformação. Na comparação junho 2016/junho 2015, os preços do setor variaram em média em 6,80%. Não sendo destaque, a variação dos preços na passagem de maio para junho foi de 0,02%, com o que o setor acumula 0,27% de aumento médio de preços. Veículos automotores: Em junho, na comparação com maio, os preços do setor tiveram variação de -0,01% e, com isso, o acumulado chegou a 1,36%. O motivo de se dar destaque ao setor nessa análise - além de ser um dos setores de maior peso no conjunto das indústrias extrativas e de transformação - está no fato de ser a segunda maior influência no M/M-12 (0,47 p.p. em 3,68%). Essa influência é derivada da variação de 4,30% ocorrida entre junho de 2015 e junho de 2016, explicada em grande parte pelos aumentos observados em setembro de 2015 (1,14%) e janeiro de 2016 (2,13%, a maior da série). Não por coincidência, já que é o produto de maior peso, a variação de preços de “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” é o maior destaque da influência na perspectiva do M/M-12. Outros equipamentos de transporte: em junho, os preços de outros equipamentos de transporte apresentaram variação negativa (-2,29%) em relação ao mês anterior. Com esse resultado, o indicador mensal completou cinco meses consecutivos de variação negativa. O acumulado do ano ficou em -7,12%. Com relação aos últimos 12 meses (M/M-12), o indicador ficou em 9,01%. A variação mensal dos preços do setor teve a maior influência negativa (-0,06 p.p.) observada para a indústria geral. Destacaram-se sobre o indicador mensal “aviões de peso superior a 2.000 kg”.
Comunicação Social 29 de julho de 2016
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