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Índice de Preços ao Produtor (IPP) de agosto varia em -0,26% Imprimir E-mail

Período

TAXA

AGOSTO de 2016

-0,26%

Julho de 2016

-0,57%

Agosto de 2015

0,96%

Acumulado no ano

-0,93%

Acumulado nos 12 meses

3,03%

Em agosto, os preços da indústria geral variaram, em média, -0,26% em relação ao mês anterior, resultado superior ao observado em julho (-0,57%). O acumulado no ano ficou em -0,93% em agosto, contra -0,68% em julho. O acumulado em 12 meses ficou em 3,03%, contra 4,29% em julho. Entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 11 apresentaram variações positivas de preços, contra oito do mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa do IPP pode ser acessada no link
 
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

 Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções  - Últimos três meses

 

Indústria Geral e Seções

Variações (%)

M/M-1

Acumulado Ano

M/M-12

JUN/16

JUL/16

AGO/16

JUN/16

JUL/16

AGO/16

JUN/16

JUL/16

AGO/16

Indústria Geral

0,50

-0,57

-0,26

-0,11

-0,68

-0,93

5,65

4,29

3,03

B - Indústrias Extrativas

-1,35

-11,94

4,15

13,03

-0,46

3,67

1,93

-11,88

0,53

C - Indústrias de Transformação

0,56

-0,21

-0,38

-0,48

-0,69

-1,06

5,77

4,84

3,11

Em agosto de 2016, a variação de preços de -0,26% frente a julho repercutiu da seguinte maneira entre as Grandes Categorias Econômicas: -0,16% em bens de capital; -0,44% em bens intermediários; e 0,02% em bens de consumo, sendo que 0,92% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -0,26% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Do resultado da indústria geral, -0,26%, a influência das grandes categorias foi a seguinte: -0,01 p.p. de bens de capital, -0,25 p.p. de bens intermediários e 0,01 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,07 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,08 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até agosto, variação de -0,93%, sendo -3,05% a variação de bens de capital (com influência de -0,27 p.p.), -2,69% de bens intermediários (-1,53 p.p.) e 2,49% de bens de consumo (0,86 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,22 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 0,64 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na taxa anual (M/M-12), a variação de preços da indústria alcançou, em agosto, 3,03%, com as seguintes variações: bens de capital, -0,31% (-0,03 p.p.); bens intermediários, 0,78% (0,45 p.p.); e bens de consumo, 7,63% (2,61 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,33 p.p. e a de bens de consumo tabela semiduráveis e não duráveis de 2,28 p.p.

 

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses

 

 

Indústria Geral e Seções

Variações (%)

M/M-1

Acumulado Ano

M/M-12

JUN/16

JUL/16

AGO/16

JUN/16

JUL/16

AGO/16

JUN/16

JUL/16

AGO/16

Indústria Geral

0,50

-0,57

-0,26

-0,11

-0,68

-0,93

5,65

4,29

3,03

Bens de Capital (BK)

-0,71

-1,48

-0,16

-1,43

-2,89

-3,05

5,03

2,14

-0,31

Bens Intermediários (BI)

0,73

-1,07

-0,44

-1,21

-2,26

-2,69

3,96

2,02

0,78

Bens de consumo (BC)

0,43

0,43

0,02

2,04

2,47

2,49

8,60

8,62

7,63

Bens de consumo duráveis (BCD)

0,08

0,01

0,92

1,79

1,80

2,74

3,45

3,73

4,01

Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)

0,54

0,55

-0,26

2,11

2,67

2,41

10,26

10,19

8,78

 

11 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços

As quatro maiores variações observadas em agosto/2016 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: Indústrias extrativas (4,15%), outros produtos químicos (-2,54%), vestuário e acessórios (-2,10%) e  fumo (-1,60%). Em termos de influência, nesta comparação, sobressaíram outros produtos químicos (-0,24 p.p.), alimentos (-0,15 p.p.), Indústrias extrativas (0,11 p.p.) e metalurgia (0,11 p.p.).

Na perspectiva do acumulado no ano (agosto/2016 contra dezembro de 2015), o indicador atingiu -0,93%, contra -0,68% em julho/2016. Entre as atividades que, em agosto/2016, tiveram as maiores variações sobressaíram: outros produtos químicos (-13,07%), outros equipamentos de transporte (-10,88%), fumo (-10,31%) e impressão (10,21%). Nesta comparação, os setores de maior influência foram: alimentos (1,40 p.p.), outros produtos químicos (-1,40 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,58 p.p.) e outros equipamentos de transporte (-0,28 p.p.).

Ao comparar agosto de 2016 com agosto de 2015, a variação de preços ocorrida foi de 3,03%, contra 4,29% em julho/2016. As quatro maiores variações de preços ocorreram em alimentos (17,08%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (13,27%), impressão (12,37%) e outros produtos químicos (-10,71%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (3,25 p.p.), outros produtos químicos (-1,16 p.p.), veículos automotores (0,38 p.p.) e metalurgia (0,19 p.p.).

Indústrias extrativas: em agosto, as indústrias extrativas apresentaram a principal variação positiva (4,15%) entre todas as atividades das indústrias extrativas e de transformação. A influência da variação dos preços da atividade sobre o indicador M/M-1 da indústria geral foi de 0,11 p.p. (em -0,26%), consistindo na principal influência positiva sobre este indicador, juntamente com a metalurgia. Com a variação positiva dos preços observada no mês, a variação acumulada no ano passou para 3,67% contra -0,46% acumulados até julho. Na comparação com agosto do ano anterior, os preços da atividade variaram positivamente em 0,53%. A variação positiva dos preços no mês foi influenciada principalmente pela alta dos preços internacionais do minério de ferro no período.

Alimentos: entre julho e agosto de 2016, os preços dos alimentos variaram, em média,       -0,71%, primeiro resultado negativo desde abril de 2016 (-0,08%). Assim, a variação de preços acumulada ao longo do ano recuou de 7,75%, em julho, para 6,99% - este resultado é maior do que aquele que se observava em agosto de 2015 (4,43%). De todo modo, na comparação agosto de 2016/agosto de 2015, os preços atuais são maiores do que os do ano passado em 17,08%, o que coloca o setor como o principal destaque nessa comparação em termos de variação de preços.

Em agosto, a variação de preços do setor alimentício o colocou em destaque, em termos de influência, nas três comparações feitas nessa análise. Foi o segundo na comparação M/M-1   (-0,15 p.p., em -0,26%), atrás apenas de outros produtos químicos (-0,24 p.p.) e primeiro tanto no acumulado (-1,40 p.p., em -0,93%) quanto no M/M-12 (3,25 p.p., em 3,03%).

O mês de agosto foi marcado pela inflexão no preço de “leite esterilizado/UHT/Longa vida”, que desde fevereiro de 2016 influenciou positivamente o resultado do setor. Nesse sentido, a variação negativa observada foi a maior (em módulo) do setor e, ainda, a maior influência. Em termos de influência, figuram também “resíduos da extração de soja” (influência negativa), “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “açúcar cristal” (as duas com influência positiva), que, somadas, tiveram influência de - 1,07 p.p., em -0,71%.

No caso dos produtos mais influentes, a justificativa dada pelas empresas que fazem parte da pesquisa indica que: i) no caso de “leite esterilizado/UHT/Longa vida”, uma maior captação nas bacias leiteiras reduziu o custo, fator que foi reforçado pela menor demanda interna; ii) no caso de “resíduos da extração de soja”, a oferta mundial está em níveis elevados e com perspectiva de ser uma das melhores dos últimos tempos; iii) no caso de ”carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, a maior justificativa está no estímulo recebido de mercados externos; e iv) foi a demanda externa que pressionou o aumento do preço do “açúcar cristal”.

Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor variaram, na comparação agosto de 2016/julho de 2016, em -0,74%, primeiro resultado negativo depois de dois meses consecutivos de variações positivas. Com esse resultado, o acumulado no ano chegou a
-5,50%. Por sua vez, na comparação com igual mês do ano passado, a variação foi de
-0,27%, primeiro resultado negativo desde maio de 2015 (-0,40%).

Além de ser um dos setores de maior contribuição no cálculo do total das indústrias extrativas e de transformação, o destaque dado ao setor deve-se ao fato de ter sido a terceira maior influência no acumulado do ano (-0,58 p.p., em -0,93%) - atrás de alimentos (1,40 p.p.) e outros produtos químicos (-1,40 p.p.). Os quatro produtos de maior influência no M/M-1 - ver quadro abaixo - foram responsáveis por -0,72 p.p. da variação de -0,74%, com destaque para a variação negativa de "naftas". Estes mesmos produtos figuram entre as maiores influências do acumulado no ano. Vale observar que os dois produtos de maior peso entre os quatro (“óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “álcool etílico (anidro ou hidratado)”) influenciaram positivamente tanto o indicador M/M-1 quanto o acumulado, o que não impediu que o resultado fosse negativo.

Outros produtos químicos: a indústria química registrou, no mês de agosto, uma variação negativa de preços de 2,54% em relação a julho, mantendo pelo segundo mês consecutivo uma situação de queda de preços, o que resultou no acumulado do ano em um valor de
-13,07% (maior variação em termos absolutos). Quando comparados com valores do mesmo mês do ano anterior (M/M-12), os preços do setor apresentaram variação de -10,71% em agosto de 2016, sendo esta a quarta maior variação em valores absolutos registrada e a maior redução de preços na pesquisa, muito disso em consequência do mercado internacional e dos preços dos derivados de petróleo.

Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior - “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado”, “herbicidas para uso na agricultura” e “polipropileno” -  representaram -1,86 p.p. no resultado de -2,54%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -0,68 p.p.

Metalurgia: ao comparar os preços do setor em agosto de 2016 contra julho de 2016 houve uma variação positiva de 1,51%, completando uma série de quatro aumentos consecutivos. Desta forma, o setor acumulou no ano uma variação positiva de 3,29% e nos últimos 12 meses uma variação de preços de 2,55%. Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra mês anterior, aparecem dois dos quatro produtos de maior peso na atividade: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono”, com a maior influência positiva entre todos, e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”. Os demais em destaque são “folhas-de-flandres” e “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”, este último com variação negativa, refletindo os efeitos verificados com o cobre na Bolsa de Londres e o recuo do dólar frente ao real.

Entre os 22 produtos selecionados para a pesquisa, os quatro produtos com destaque na análise de influências do tipo M/M-1 representaram 1,47 p.p. da variação no mês, ou seja, os demais 18 produtos influenciaram em 0,04 p.p.

Veículos automotores: em agosto, os preços do setor tiveram uma variação média de 0,73%, resultado positivo que ocorre depois de dois negativos. Com isso, o acumulado no ano chegou a 1,80%, resultado abaixo do que havia ocorrido em agosto de 2015, 4,50%. No caso do M/M-12, a variação foi de 3,56%, a menor do ano, que começou com a comparação de janeiro de 2016 contra janeiro de 2015 apontando uma variação de 7,14%.

Ao lado de ser um dos setores de maior peso no cálculo do resultado das indústrias extrativas e de transformação, o destaque dado a veículos automotores se deve ao fato de ser a terceira maior influência (em módulo) no M/M-12 (0,38 p.p., em 3,03%), atrás de alimentos (3,25 p.p.) e de outros químicos (-1,16 p.p.).

Chama a atenção no resultado do setor a presença, tanto no caso do M/M-1 quanto no M/M-12, de “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, produto de maior peso no cálculo dos resultados do setor (próximo a 49,0%). Isso se deve, na ponta, à entrada de novos modelos em algumas empresas e, no caso do M/M-12, ao mesmo fato ocorrido em dois momentos, janeiro e agosto.

 Outros equipamentos de transporte: neste mês de agosto, os preços de outros equipamentos de transporte continuaram declinando (-0,83%). Com isso, já são sete meses seguidos de queda nos preços da atividade. O acumulado do ano ficou em -10,88%, sendo a segunda principal variação acumulada observada para a indústria em geral. Na comparação com agosto de 2015, houve variação negativa (-4,36%). Os preços da atividade tiveram destaque na influência negativa sobre a variação acumulada no ano da indústria geral (-0,28 p.p). A queda observada nos preços da atividade ao longo do ano é influenciada principalmente pelos preços de “aviões de peso superior a 2.000 kg”.

 

Comunicação Social

27 de setembro de 2016

 

 

 
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