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Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,78% em novembro Imprimir E-mail

Período

TAXA

NOVEMBRO de 2016

0,78%

Outubro de 2016

0,09%

Novembro de 2015

-0,42%

Acumulado no ano

0,40%

Acumulado nos 12 meses

0,05%

 

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,78% em novembro, acima dos 0,09% registrados no mês anterior. Com isso, o acumulado no ano chegou a 0,40%, contra -0,37% em outubro. O acumulado em 12 meses foi para 0,05%, acima dos -1,14% de outubro. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação e das indústrias extrativas.

 A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

 Tabela 1

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses

Indústria Geral e Seções

Variações (%)

M/M-1

Acumulado Ano

M/M-12

SET/16

OUT/16

NOV/16

SET/16

OUT/16

NOV/16

SET/16

OUT/16

NOV/16

Indústria Geral

0,47

0,09

0,78

-0,46

-0,37

0,40

0,52

-1,14

0,05

B - Indústrias Extrativas

8,19

-1,94

2,20

12,16

9,98

12,40

-3,33

-7,10

5,58

C - Indústrias de Transformação

0,24

0,15

0,73

-0,82

-0,67

0,06

0,64

-0,94

-0,12

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

               

Em novembro de 2016 (0,78%), 21 das 24 atividades subiram os preços na comparação com outubro, contra 11 do mês anterior. As quatro maiores altas se deram em metalurgia (3,67%), fumo (3,62%), outros equipamentos de transporte (3,24%) e indústrias extrativas (2,20%). Em termos de influência, sobressaíram metalurgia (0,26 ponto percentual – p.p.), outros equipamentos de transporte (0,08 p.p.), alimentos (0,07 p.p.) e indústrias extrativas (0,07 p.p.).

O indicador acumulado no ano (novembro de 2016 contra dezembro de 2015) atingiu 0,40%, contra -0,37% de outubro. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais, sobressaíram indústrias extrativas (12,40%), outros produtos químicos            (-12,36%), impressão (10,53%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (8,88%). Os setores de maior influência foram alimentos (1,73 p.p.), outros produtos químicos (-1,32 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,51 p.p.) e veículos automotores (0,34 p.p.).

Ao comparar novembro de 2016 com novembro de 2015 (acumulado em 12 meses), a variação de preços foi de 0,05%, contra -1,14% em outubro. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros produtos químicos (-14,72%), impressão (13,04%), alimentos (9,45%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (8,96%). Neste indicador, os setores de maior influência foram alimentos (1,87 p.p.), outros produtos químicos (-1,61 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,52 p.p.) e veículos automotores (0,41 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas na comparação com o mês anterior, houve variação de 1,34% em bens de capital; 0,63% em bens intermediários; e 0,87% em bens de consumo (0,29% em bens de consumo duráveis e 1,04% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis). A influência das grandes categorias econômicas foi a seguinte: 0,12 p.p. de bens de capital; 0,35 p.p. de bens intermediários; e 0,31 p.p. de bens de consumo (0,29 p.p. de bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,02 p.p. de bens de consumo duráveis).

Na perspectiva do acumulado no ano (0,40%), as variações foram de -0,65% em bens de capital (com influência de -0,06 p.p.); -1,98% e bens intermediários (-1,12 p.p.); e 4,57% de bens de consumo (1,58 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado em 0,24 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 1,34 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na taxa anual (acumulado em 12 meses) as variações foram de -0,59% em bens de capital (com influência de -0,05 p.p.); -2,81% em bens intermediários (-1,60 p.p.); e 4,96% em bens de consumo (1,70 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,26 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 1,44 p.p..

 

 

Tabela 4

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses

Indústria Geral e Seções

Variações (%)

M/M-1

Acumulado Ano

M/M-12

SET/16

OUT/16

NOV/16

SET/16

OUT/16

NOV/16

SET/16

OUT/16

NOV/16

Indústria Geral

0,47

0,09

0,78

-0,46

-0,37

0,40

0,52

-1,14

0,05

Bens de Capital (BK)

0,93

0,11

1,34

-2,08

-1,96

-0,65

-2,09

-2,17

-0,59

Bens Intermediários (BI)

0,62

-0,50

0,63

-2,10

-2,60

-1,98

-2,21

-4,37

-2,81

Bens de consumo(BC)

0,14

1,00

0,87

2,64

3,67

4,57

5,80

4,55

4,96

Bens de consumo duráveis (BCD)

-0,15

0,10

0,29

2,58

2,69

2,99

3,19

2,81

3,29

Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)

0,23

1,28

1,04

2,65

3,97

5,05

6,62

5,09

5,46

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

               
 

Em novembro de 2016, 21 das 24 atividades pesquisadas tiveram alta de preços, com destaque para as seguintes:

Indústrias extrativas: em novembro, os preços do setor avançaram 2,20%. Com este resultado, o acumulado no ano ficou em 12,40%, a maior variação dentre todas as atividades da indústria. Nos últimos 12 meses, o setor também acumula variação positiva de 5,58%. Além de o setor ter se destacado, entre todas as atividades pesquisadas, como a principal variação acumulada observada no ano, também apresentou a quarta maior variação mensal e a quarta maior influência na comparação com o mês anterior (0,07 p.p. em 0,78%). Dentre os quatro produtos analisados na atividade, apenas os preços de óleos brutos de petróleo recuaram no período.

Alimentos: a variação dos preços dos produtos alimentícios foi de 0,32%, maior do que a do mês anterior (0,29%). Com este resultado, o acumulado no ano chegou a 8,66% e, na comparação com o mesmo mês de 2015 (acumulado em 12 meses), os preços estavam 9,45% maiores, a menor taxa desde agosto de 2015 (7,84%). Três produtos aparecem tanto entre as quatro maiores variações quanto entre as maiores influências: açúcar demerara, inclusive açúcar VHP, óleo de soja refinado e resíduos da extração de soja. Dos três, apenas resíduos da extração de soja teve variação negativa, com movimento novamente contrário ao do óleo de soja. O quarto produto em termos de influência positiva foi açúcar cristal. Os quatro produtos mais influentes responderam por -0,09 p.p., sentido oposto à média de variação dos demais produtos do setor e que resultaram na variação de 0,32%.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em novembro, os preços do setor voltaram a subir na comparação com o mês anterior, registrando 0,12%, enquanto havia sido de 0,74% em outubro. Esta variação positiva no confronto com os preços do mês anterior não impediu que o acumulado em 2016 registrasse o 11º resultado negativo (-4,84%) seguido, a maior sequência de recuos para este indicador. A sequência de quedas no acumulado também repercute na comparação anual, cujo resultado de -5,00% é o menor para toda a série histórica do IPP. As variações de preços aqui encontradas aparecem entre as maiores influências em duas das três comparações feitas: a terceira maior influência no acumulado, -0,51 p.p. em 0,40% e também a terceira maior influência no acumulado em 12 meses, -0,52 p.p. em 0,05%. Destaca-se, também, o peso de 10,23% que o setor representa na indústria geral, contribuição superada apenas pela fabricação de produtos alimentícios (22,35%) e pela fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (11,18%). Contribuíram para a variação positiva no mês e exerceram influência no mesmo sentido os produtos álcool etílico (anidro ou hidratado), naftas, e querosene de aviação. Em contraposição, para o comportamento dos demais indicadores a maior influência é a variação negativa dos preços de óleo diesel e outros óleos combustíveis, por ser o produto de maior peso no cálculo do setor, superando os 50%.

Outros produtos químicos: a indústria química no mês de novembro apresentou variação de preços de 0,15% em relação a outubro, o que resultou em um acumulado do ano em -12,36% (maior variação observada entre todas as atividades do setor de transformação). Quando comparados com valores do mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços do setor caíram (-14,72%), sendo esta a maior variação registrada e a maior redução de preços na pesquisa. Os produtos borracha de estireno-butadieno e polipropileno (PP) apresentaram resultados positivos, em contrapartida aos produtos herbicidas para uso na agricultura e propeno (propileno) não saturado e foram os de maior influência no resultado mensal, representando um resultado negativo em 0,15 p.p. no resultado de variação de 0,30% no mês, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram positivamente com 0,45 p.p.

Metalurgia: em novembro, houve uma reversão das quedas registradas em outubro e setembro, alcançando uma variação positiva de 3,67% (maior variação no mês) e, desta forma, acumulando no ano uma alta de 3,96% em 2016 e, nos últimos 12 meses, uma variação de preços de 3,01%. Três produtos ligados à metalurgia de matérias não metálicos (alumínio não ligados em formas brutas; barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e ligas de alumínio em formas brutas) figuram entre os de maior variação, sendo que os dois primeiros também são destaques em influência, todos pressionando o resultado positivamente. O último produto em destaque, em termos de variação e de influência, foi bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos. Lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono é o quarto destaque em influência no mês. Os quatro produtos representam 2,91 p.p dos 3,67% de variação no mês contra o mês anterior.

Veículos automotores: em novembro, a alta do setor foi de 0,44%, quarta alta seguida da atividade. Isto fez com que o acumulado no ano alcançasse 3,27%. A título de comparação, em novembro de 2015, o acumulado era de 5,60%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 3,96%. Além de ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador (atrás apenas de alimentos), veículos automotores foi a quarta maior influência na variação acumulada no ano (0,34 p.p. em 0,40%) e também a quarta maior influência no acumulado em 12 meses (0,41 p.p. em 0,05%). Entre os quatro produtos de maior influência na comparação com outubro, todos tiveram impacto positivo no índice, sendo que três deles são os de maiores pesos na atividade: automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência, peças para motor de veículos automotores e caminhão-trator para reboques e semi-reboques. O quarto produto é carrocerias para ônibus. A influência desses produtos foi de 0,45 p.p. em 0,45%, ou seja, os demais 21 produtos da atividade anularam seus resultados.

Outros equipamentos de transporte: os preços de outros equipamentos de transporte tiveram um aumento de 3,24% em novembro, invertendo a queda do mês anterior (-1,28%). Foi a terceira maior variação de preços entre as atividades pesquisadas. Este aumento, no entanto, não foi suficiente para reverter as quedas de preço no acumulado no ano (-8,49%) e no acumulado em 12 meses (-6,75%). Estes índices apresentam variações negativas desde março/16 e agosto/16, respectivamente.

Comunicação Social

06 de janeiro de 2017

 

 
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