Índice de Preços ao Produtor varia 0,43% em janeiro de 2018 |
Em janeiro de 2018, os preços das indústrias extrativas e de transformação variaram 0,43% em relação ao mês anterior, resultado superior ao observado na comparação entre dezembro e novembro de 2017 (0,42%). Das 24 atividades, 12 apresentaram variações positivas de preços, contra 16 do mês anterior. A publicação completa pode ser acessada aqui. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços dos produtos “na porta da fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). Tabela 1 Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Na comparação com dezembro de 2017, as quatro maiores variações foram observadas entre os produtos das seguintes atividades industriais: confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,05%), refino de petróleo e produtos de álcool (3,15%), minerais não-metálicos (-2,74%) e impressão (-2,65%). Em termos de influência, na comparação entre janeiro de 2018 e dezembro de 2017, os destaques foram: refino de petróleo e produtos de álcool (0,36 p.p.), alimentos (-0,20 p.p.), outros produtos químicos (0,18 p.p.) e veículos automotores (0,14 p.p.). Na comparação com janeiro de 2017, a variação de preços foi de 4,28%, contra 4,15% em dezembro de 2017. As quatro maiores variações de preços ocorreram em refino de petróleo e produtos de álcool (16,01%), papel e celulose (14,25%), indústrias extrativas (10,66%) e metalurgia (10,44%). Os setores de maior influência nessa comparação foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,69 p.p.), alimentos (-1,29 p.p.), outros produtos químicos (0,84 p.p.) e metalurgia (0,79 p.p.). Em janeiro de 2018, a variação de preços de 0,43% frente a dezembro de 2017 repercutiu entre as grandes categorias econômicas da seguinte maneira: 0,14% em bens de capital; 0,84% em bens intermediários; e -0,16% em bens de consumo, sendo que 1,07% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -0,54% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Tabela 4 Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
A influência das grandes categorias econômicas no resultado da indústria geral (0,43%) foi a seguinte: 0,01 p.p. de bens de capital, 0,48 p.p. de bens intermediários e -0,05 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,14 p.p. deveu-se às variações de preços dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,09 p.p. nos bens de consumo duráveis. Em janeiro, o acumulado em 12 meses foi de 4,28%, com as seguintes variações: bens de capital, 4,57% (0,39 p.p.); bens intermediários, 6,34% (3,55 p.p.); e bens de consumo, 0,96% (0,34 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,39 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de -0,05 p.p.. Cinco setores são destaques em janeiro Alimentos: em janeiro de 2018, os preços do setor variaram -1,08%, na comparação com dezembro de 2017. Já na comparação com igual mês do ano anterior, a variação foi de -6,18%, resultado menos intenso do que aquele acumulado em 2017 (-7,28%). O destaque dado ao setor deve-se ao fato de ter tido a segunda maior influência tanto no resultado mensal quanto no anual. Na perspectiva do M/M-1, a variação positiva foi observada em “bombons e chocolates com cacau”; em termos de influência, em “resíduos da extração de soja”. Com relação aos outros destaques, com exceção de “açúcar cristal”, todos os produtos são carnes (de bovinos e de suínos), e todos com variação negativa (inclusive o “açúcar cristal”). No caso das carnes, janeiro é, normalmente, um mês de queda de preços, com o mercado pouco aquecido depois das festas do final de ano. A influência dos quatro produtos destacados somou -0,59 p.p. (em -1,08%). Refino de petróleo e produtos de álcool: a variação média de preços do setor, na comparação janeiro de 2018 contra dezembro de 2017, foi de 3,15%, sexto resultado positivo consecutivo. Na comparação com janeiro 2017, a variação foi de 16,01%, menor do que o fechamento de 2017 (18,70%), mas um resultado 10,94 p.p. maior do que a média da série (5,07%), iniciada em dezembro de 2010. O destaque do setor se deve ao fato de que nos quatro indicadores calculados o setor ou foi o primeiro (no caso da variação na perspectiva do M/M-12 e na influência tanto no M/M-1 quanto no M/M-12) ou o segundo (na comparação janeiro 2018/dezembro de 2017). Outros produtos químicos: a variação média de preços em janeiro em relação a dezembro foi de 1,84%, acumulando alta de 9,04% nos últimos 12 meses - tendência oposta à que ocorreu em janeiro de 2017, quando o índice acumulado em 12 meses ficou em -11,10%. A recuperação de preços observada tem relação com os resultados internacionais, os custos da matéria-prima importada, os preços dos derivados de petróleo, especialmente da nafta (com significativo aumento nos últimos 12 meses) e aos resultados de variação de preços de produtos do próprio setor, como “amônia” e “soda ou potassa cáustica”. Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior (“etileno (eteno) não saturado”, “herbicidas para uso na agricultura”, “soda ou potassa cáustica” e “inseticidas para uso na agricultura”) influenciaram o resultado líquido positivo em 1,29 p.p., no resultado de variação de 1,84% no mês, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram positivamente com 0,55 p.p. Metalurgia: ao comparar os preços de janeiro de 2018 contra dezembro de 2017, houve uma variação de -0,09%, interrompendo uma série de quatro resultados positivos. Na comparação anual, houve uma variação de 10,44%. Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra mês anterior, dois tiveram resultados positivos: “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos” e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”. Os dois com variações negativas foram: “alumínio não ligado em formas brutas” e “lingotes, blocos, tarugos, ou placas de aços ao carbono”. Estes quatro produtos representaram -0,72 p.p. da variação no mês, ou seja, 0,63 p.p. é a influência dos demais 18 produtos. Veículos automotores: em janeiro, a variação observada no setor foi de 1,27%, quando comparada com o mês imediatamente anterior. Essa foi a 17ª variação positiva nos últimos 18 meses (apenas agosto de 2017 apresentou variação negativa de preços, com uma queda de 0,08%). O resultado deste mês é o maior observado desde maio de 2017, quando apresentou variação de 1,35%. Com isso, a variação acumulada nos últimos 12 meses alcançou 5,11%. Em janeiro de 2017, esse indicador apresentou o valor de 2,47%. Além de ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 11,34%, ficando atrás apenas dos setores de alimentos (19,54%) e refino de petróleo e produtos de álcool (12,23%), a atividade de veículos automotores também se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por apresentar a quarta maior influência na variação mensal (0,14 p.p. em 0,43%).
Comunicação Social 02 de março de 2018
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