Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,64% em outubro |
Em outubro/2019, os preços das indústrias extrativas e de transformação aumentaram, em média, 0,64% quando comparados a setembro/2019, número superior ao observado na comparação entre setembro/2019 e agosto/2019 (0,50%). O acumulado do ano ficou em 3,65%, ante 2,98% em setembro/2019. Em outubro de 2019, 15 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 17 do mês anterior. Consulte o material de apoio do Índice de Preços ao Produtor (IPP) para mais informações. A publicação completa pode ser acessada aqui. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços dos produtos “na porta da fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). indústrias extrativas (-4,76%), refino de petróleo e produtos de álcool (4,04%), alimentos (2,12%) e papel e celulose (-1,89%). Já em termos de influência, os destaques foram alimentos (0,47 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,41 p.p.), indústrias extrativas (-0,22 p.p.) e outros produtos químicos (-0,10 p.p.). Tabela 1 Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Em outubro/2019, o acumulado no ano (outubro/2019 contra dezembro/2018) atingiu 3,65%, contra 2,98% em setembro/2019. Entre as atividades que, em outubro/2019, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: refino de petróleo e produtos de álcool (16,35%), indústrias extrativas (11,13%), papel e celulose (-10,94%) e farmacêutica (10,08%). Os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (1,52 p.p.), alimentos (0,94 p.p.), indústrias extrativas (0,46 p.p.) e papel e celulose (-0,39 p.p.). No acumulado em 12 meses (comparação de outubro de 2019 com outubro de 2018) a variação de preços foi de 0,37%, contra -0,95% em setembro/2019. As quatro maiores variações ocorreram em outros produtos químicos (-11,99%), papel e celulose (-11,37%), farmacêutica (11,02%) e outros equipamentos de transporte (9,08%). Entre as grandes categorias econômicas, a variação de preços de 0,64% frente a setembro repercutiu da seguinte maneira: 0,57% em bens de capital; -0,05% em bens intermediários; e 1,65% em bens de consumo, sendo que 0,89% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 1,81% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Já a influência foi: 0,04 p.p. de bens de capital, -0,03 p.p. de bens intermediários e 0,63 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,57 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,06 p.p. nos bens de consumo duráveis. As variações acumuladas no ano das grandes categorias econômicas foram: 5,62% de bens de capital (com influência de 0,42 p.p.), 2,33% de bens intermediários (1,27 p.p.) e 5,16% de bens de consumo (1,96 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,27 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 1,68 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Em relação aos últimos 12 meses, as variações foram: bens de capital, 7,88%; bens intermediários, -2,55%; e bens de consumo, 3,57%. Tabela 4 Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
A seguir os principais destaques: Indústrias extrativas: Em outubro, os preços do setor variaram em -4,76% em comparação com setembro. Com este comportamento dos preços no mês, o indicador acumulado do ano passou para 11,13%. Na comparação de 12 meses, houve variação de 1,59%. No resultado das indústrias extrativas e de transformação, a influência do setor foi negativa: -0,22 p.p. em 0,64%. Em relação ao acumulado do ano, a influência sobre o indicador da indústria geral foi de 0,46 p.p. em 3,65%. Os produtos que mais influenciaram a variação do mês foram os minérios de ferro e os “óleos brutos de petróleo”. Alimentos: Em outubro de 2019, os preços da atividade variaram em 2,12%, maior resultado desde junho de 2018 (3,35%). Com isso, o acumulado saiu de 2,01%, em setembro, para 4,17%. Por fim, na comparação com igual mês de 2018, a variação foi de 5,02%, maior resultado desde abril de 2019 (6,37%). O destaque do setor se deve aos seguintes fatos: foi a terceira maior variação de preços entre todas as atividades industrias, a principal influência na comparação outubro/setembro (0,47 p.p., em 0,64%) e a segunda influência na comparação outubro/dezembro de 2018 (0,94 p.p., em 3,65%). Entre os produtos destacados em termos de variação e de influência, dois pertencem simultaneamente aos dois casos, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “produtos embutidos ou de salamaria de suíno, exceto pratos prontos”. Os outros dois produtos mais influentes são: “rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais” e “carnes de bovinos congeladas”. A variação de cada um dos quatro produtos mais influentes é positiva e a influência conjunta é de 1,78 p.p., em 2.12%. O destaque maior sobre o resultado é a elevação de carnes de bovinos, em linha com o aumento do preço do boi gordo e com a exportação estimulada.
Papel e celulose: os preços do setor apresentaram variação de -1,89% em relação a setembro; levando a um resultado acumulado de -10,94% em 2019. Trata-se de uma das maiores variações, em módulo, entre as atividades que compõem o IPP, a quarta maior influência (em módulo) no acumulado no ano, ou a terceira maior influência considerando apenas atividades da indústria de transformação. Em relação aos últimos 12 meses, a atividade apresentou variação de -11,37%. Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor, em outubro de 2019, variaram em 4,04%, maior resultado desde março de 2019 (6,77%). Dessa forma, o acumulado subiu de 11,83%, em setembro, para 16,35%. Por fim, na comparação com o mesmo mês de 2018, a variação foi de -2,18%, quarto mês consecutivo com variação negativa neste indicador. O setor apresentou a segunda maior variação de preços entre todas as atividades industrias, a maior variação no acumulado no ano, a segunda maior influência na comparação outubro/setembro (0,41 p.p., em 0,64%) e a maior influência na comparação outubro/dezembro de 2018 (1,52 p.p., em 3,65%). Outros produtos químicos: na comparação de outubro contra setembro, a variação média dos preços do setor foi de -1,20%, quarta variação negativa observada ao longo do ano e a primeira depois de dois resultados positivos. No acumulado, a variação foi de -4,39% e, na comparação outubro 2019/outubro 2018, foi de -11,99%, quarto resultado negativo consecutivo. O destaque do setor se deve ao fato de ter sido, na comparação outubro 2019/outubro 2018, a maior variação (em módulo) entre todas as atividades industriais e, na comparação com o mês imediatamente anterior, a quarta maior (também em módulo) influência (-0.10 p.p., em 0,64%). Farmacêutica: a variação de preços em outubro no setor foi de 1,45%, mantendo a alta de preços que já tinha ocorrido no mês anterior (1,04%). O setor apresentou a quarta maior variação acumulada no ano (10,08%), sendo a terceira maior alta de preços acumulados no ano da indústria. Nos últimos 12 meses, o setor apresentou a terceira maior variação (11,02%), sendo a maior alta de preços deste índice (as duas maiores variações foram negativas). As frequentes altas de preços dos últimos meses têm colocado o setor dentre as maiores variações positivas da indústria nestes dois índices. A variação acumulada do ano foi a maior da série histórica deste setor, no mês em questão, enquanto que a dos últimos 12 meses foi a segunda maior da série histórica, ficando atrás apenas da variação de junho deste ano (11,26%). Veículos automotores: em outubro, a variação observada no setor foi de 0,78%, quando comparada com o mês imediatamente anterior, seguindo a tendência de alta observada em setembro (quando variou 0,94%). Com este resultado a variação acumulada no ano e a variação acumulada nos últimos 12 meses alcançaram, respectivamente, 4,36% e 4,89%. A atividade de veículos automotores se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 8,55%. Já em uma análise por produtos no setor, é possível observar que entre os quatro produtos de maior influência na comparação com o mês anterior, todos eles impactaram positivamente o índice: “automóveis para passageiros, a gasolina ou bicombustível, de qualquer cilindrada”, “bombas injetoras para veículos automotores”, “caminhão-trator, para reboques e semirreboques” e “veículos para o transporte de mercadorias a gasolina e/ou álcool, de capacidade não superior a 5 t”. A influência desses quatro produtos que mais impactaram a variação do mês em relação ao mês imediatamente anterior foi de 0,77 p.p., ou seja, os demais 19 produtos da atividade contribuíram com 0,01 p.p. Outros equipamentos de transporte: Em outubro em relação a setembro e o acumulado do ano apresentaram variações de 0,44% e 5,93%, respectivamente. O indicador dos últimos 12 meses, apresentou variação de 9,08%. Na influência, a variação de preços do setor contribuiu com 0,01 p.p sobre 0,64%, na variação mensal, e 0,11 p.p sobre 3,65%, na variação acumulada do ano da indústria geral.
Comunicação Social, 29 de novembro de 2019
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