Índice de Preços ao Produtor (IPP) cresce 0,65% em dezembro e fecha 2019 em 5,19% |
Os preços da indústria variaram 0,65% em dezembro, em relação a novembro, número inferior ao observado na passagem de outubro para novembro (0,88%). Em dezembro, 10 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 15 do mês anterior. Em 2019, os preços da indústria acumularam alta de 5,19%. A publicação completa pode ser acessada aqui. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços dos produtos “na porta da fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). Na passagem de novembro para dezembro de 2019, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral) variaram 0,65%, número superior ao observado na comparação entre outubro e novembro (0,88%). As quatro maiores variações nessa comparação ocorreram entre os produtos das seguintes atividades: refino de petróleo e produtos de álcool (3,82%), indústrias extrativas (-2,52%), alimentos (2,38%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,28%). As maiores influências foram alimentos (0,55 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,39 p.p.), outros produtos químicos (-0,12 p.p.) e indústrias extrativas (-0,12 p.p.). O acumulado no ano atingiu 5,19%, contra 4,52% no acumulado até novembro de 2019. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais neste indicador, sobressaíram: refino de petróleo e produtos de álcool (20,25%), indústrias extrativas (13,59%), papel e celulose (-11,16%) e alimentos (10,12%). Já os setores de maior influência foram: alimentos (2,27 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (1,88 p.p.), indústrias extrativas (0,57 p.p.) e outros produtos químicos (-0,56 p.p.).
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria Entre as grandes categorias econômicas, a variação de preços de 0,65% frente a novembro repercutiu da seguinte maneira: 0,16% em bens de capital; 0,18% em bens intermediários; e 1,39% em bens de consumo, sendo que -0,14% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 1,71% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Do resultado da indústria geral, 0,65%, a influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: 0,01 p.p. de bens de capital, 0,10 p.p. de bens intermediários e 0,54 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,55 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,01 p.p. nos bens de consumo duráveis. Na perspectiva do acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até dezembro, variação de 5,19%, sendo 5,98% a variação de bens de capital (com influência de 0,44 p.p.), 2,89% de bens intermediários (1,58 p.p.) e 8,36% de bens de consumo (3,17 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,30 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 2,87 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria Destacaram-se os seguintes setores: Indústrias extrativas: em dezembro de 2019, o setor apresentou variação negativa (-2,52%), em relação ao mês anterior. A variação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 13,59%. A atividade se destacou nas influências sobre o indicador mensal (-0,12 p.p. em 0,65%) e sobre o indicador acumulado nos últimos 12 meses (0,57 p.p. sobre 5,19%) da indústria geral. Alimentos: em dezembro, os preços do setor variaram, em média, 2,38% e, com esse resultado, a variação acumulada em 2019 foi de 10,12%, maior valor de fechamento do ano para a atividade desde dezembro de 2015 (14,28%). Vale dizer que, em termos de acumulado mensal, desde julho de 2019 (-0,31%) observa-se alta de preços. Entre os produtos, os destaques em termos de variação são todos do grupo “abate e fabricação de produtos de carne”, sendo que dois são carnes suínas, um carne de aves e o outro de produtos embutidos. Já em termos de influência, dos quatro produtos em destaque (1,52 p.p. em 2,38%), três são do mesmo grupo anterior (“carnes de suínos congeladas”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas" e "carnes e miudezas de aves congeladas”) e um de “fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais” (“resíduos da extração de soja”). Refino de petróleo e produtos de álcool: o setor terminou o ano de 2019 com variação positiva nos preços de dezembro em relação ao observado no mês imediatamente anterior, 3,82%. Esta foi a oitava taxa positiva observada no ano, neste tipo de comparação, o que levou o setor a terminar o ano com uma variação acumulada positiva de 20,25% nos preços médios. Este aumento nos preços, comparados com os praticados em dezembro de 2018, é a maior variação absoluta observada nas indústrias extrativas e de transformação. Entre os produtos que apresentaram maior influência sobre os resultados estão o “óleo diesel”, a “gasolina, exceto para aviação”, álcool etílico (anidro ou hidratado)” e “óleos combustíveis, exceto diesel”, todos com variação positiva de preços. Outros produtos químicos: em dezembro, a variação média dos preços do setor foi de -1,56%, terceira variação negativa consecutiva e a sexta observada ao longo do ano. No acumulado em 12 meses (em dezembro este valor será igual ao acumulado no ano), a variação ficou em -6,38%, sexto resultado negativo consecutivo nessa perspectiva. Vale observar que, em termos de número-índice, outubro de 2018 foi o pico da série, 108,63, ou seja, em dezembro de 2019, o número-índice de 93,63 representa uma queda de preços de 15 pontos percentuais em um período de 14 meses. A atividade apresentou dois grandes responsáveis pelo resultado do mês (dezembro em relação a novembro): os preços dos grupos “fabricação de produtos químicos inorgânicos” e “fabricação de resinas e elastômeros”, o primeiro com uma variação de -1,80% e o segundo com uma variação de -3,12%. Estes dois grupos, por sua vez, apresentaram variações de -13,00% e -9,94%, respectivamente, no acumulado em 12 meses, variações negativas mais intensas que a observada no resultado da atividade (-6,38% para o mesmo período). Os quatro produtos de maior influência na atividade, que somaram juntos -0,39 p.p., em -1,56% na comparação dezembro/novembro, foram: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “fungicidas para uso na agricultura” e “polipropileno (PP)”, todos com resultados negativos, além do produto “herbicidas para uso na agricultura”, com resultado positivo.
Comunicação Social 31 de janeiro de 2020 |
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