Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 1,22% em maio |
Em maio de 2020, os preços da indústria subiram 1,22% em relação a abril/2020. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa pode ser acessada aqui.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria Em maio de 2020, os preços da indústria variaram, em média, 1,22% em relação a abril/2020. As quatro maiores variações foram nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (9,13%), refino de petróleo e produtos de álcool (-5,78%), outros equipamentos de transporte (4,57%) e têxtil (4,36%). As maiores influências foram: alimentos (0,60 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,41 p.p.), indústrias extrativas (0,39 p.p.) e veículos automotores (0,15 p.p.). O acumulado no ano atingiu 3,37%, ante 2,13% em abril/2020. As atividades de maior variação foram: refino de petróleo e produtos de álcool (-36,27%), outros equipamentos de transporte (23,01%), madeira (18,86%) e metalurgia (18,25%). No acumulado do ano, os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (-3,86 p.p.), alimentos (2,12 p.p.), metalurgia (1,06 p.p.) e outros produtos químicos (0,71 p.p.) No acumulado em 12 meses, a variação de preços foi de 4,60%, contra 4,79% em abril/2020. As quatro maiores variações foram em refino de petróleo e produtos de álcool (-36,02%), outros equipamentos de transporte (27,14%), madeira (17,85%) e alimentos (17,59%). Os setores de maior influência foram: alimentos (3,88 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-3,87 p.p.), metalurgia (0,90 p.p.) e veículos automotores (0,60 p.p.). A variação de preços de 1,22% em relação a abril repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: 3,08% em bens de capital; 1,00% em bens intermediários; e 1,14% em bens de consumo, sendo que 1,58% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 1,04% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Do resultado da indústria geral, 1,22%, a influência das Grandes Categorias Econômicas foi: 0,24 p.p. de bens de capital, 0,55 p.p. de bens intermediários e 0,43 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,32 p.p. se deveu às variações em bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,11 p.p. nos bens de consumo duráveis. Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria No acumulado no ano, as variações de preços da indústria acumularam, até maio, variação de 3,37%, sendo 11,20% a variação de bens de capital (com influência de 0,84 p.p.), 5,23% de bens intermediários (2,80 p.p.) e -0,68% de bens de consumo (-0,27 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,26 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e -0,53 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Na comparação maio 2020/maio 2019, a variação de preços da indústria alcançou 4,60%, com as seguintes variações: bens de capital, 14,02% (1,03 p.p.); bens intermediários, 4,31% (2,35 p.p.); e bens de consumo, 3,20% (1,22 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,38 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,84 p.p.. A seguir os principais destaques: Indústrias extrativas: em maio, os preços do setor avançaram 9,13% em relação a abril, maior variação e terceira maior influência no índice geral (0,39 p.p. em 1,22%). Trata-se da maior variação positiva na atividade desde março de 2019 (12,13%). O acumulado no ano ficou em 4,77%, resultado positivo após dois meses de queda neste indicador. No acumulado nos últimos 12 meses, o setor continua apresentando variação negativa (de -3,04%), assim como em março (-6,30%) e em abril (-5,38%). Alimentos: em maio, os preços de alimentos cresceram, em média, 2,47% em relação a abril. Na série que vai de agosto de 2019 a maio de 2020, apenas o resultado de janeiro de 2020 (-1,91%) foi negativo. Neste período, a variação de preços acumulou 20,42%, sendo que, em 2020, o acumulado foi de 8,99%. Na comparação com igual mês de 2019, o resultado de maio foi de 17,59%. Além de ser a maior contribuição no resultado geral, 25,99%, alimentos tem a quarta maior variação na comparação maio 2020 contra maio 2019, a principal influência nos indicadores em relação ao mês anterior (0,60 p.p., em 1,22%) e acumulado em 12 meses (3,88 p.p., em 4,60%) e a segunda no acumulado no ano (2,12 p.p., em 3,37%). Os produtos com maior destaque em termos de influência (“carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “açúcar VHP (very high polarization)”, “resíduos da extração de soja” e “carnes e miudezas de aves congeladas”) responderam por 1,74 p.p. da variação de 2,47%. Estes produtos são importantes na pauta de exportação brasileira, portanto, o aumento de preços esteve ligado à depreciação do real que, em maio, foi de 6,0%, com o que alcançou 37,3% ao longo de 2020. No caso de “carnes e miudezas de aves congeladas”, apesar de a exportação ter sido particularmente estimulada pela demanda chinesa, os preços no mercado interno tiveram o impacto negativo, que prevaleceu. Refino de petróleo e produtos de álcool: na comparação maio contra abril, a variação média de preços do setor foi, pelo quarto mês consecutivo, negativa (-5,78%). No ano, a variação é de -36,27% e em 12 meses, de -36,02%. Em maio, o número-índice foi de 76,71, número que se aproxima da média de 2016, 77,32. Entre os produtos destacados em termos de variação e de influência, a lista é praticamente a mesma. “Naftas” aparece entre as variações, mas não em influência, e “álcool etílico (anidro ou hidratado)” em influência, mas não em variação. A influência conjunta dos quatro produtos destacados (listados no quadro a seguir) foi de -5,70 p.p., em -5,78%. Vale dizer que a única variação positiva nos produtos listados foi observada em “gasolina, exceto para aviação”. Outros produtos químicos: a indústria química apresentou variação média de preços, em relação a abril, de 0,23%, menor variação positiva dos últimos quatro meses, lembrando que março havia tido a maior variação positiva de preços desde o início da pesquisa em dezembro de 2009. O setor acumulou uma variação positiva de 9,14% em 2020, bem diverso do que ocorreu em maio de 2019, quando havia ficado negativo em –3,17%. No acumulado em 12 meses, a atividade alcançou 5,33%. O setor químico foi a quarta maior influência no acumulado do ano e representou a terceira maior contribuição (8,56%) nos resultados do indicador geral. Em relação aos quatro produtos que mais influenciaram o resultado no mês (0,50 p.p. em 0,23%), os já mencionados “benzeno” e “propeno (propileno) não saturado” tiveram variações negativas. Os demais tiveram variações positivas e pertencem aos dois grupos econômicos anteriormente citados, são eles: “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos fosfatados” e “herbicidas para uso na agricultura”. Metalurgia: Em relação a abril, houve variação de 1,04%, completando dessa forma cinco variações positivas de preços seguidas. Com isso, o acumulado no ano ficou em 18,25%, maior acumulado até maio em toda série da pesquisa. No acumulado em 12 meses a variação ficou em 14,90%. O resultado do mês foi obtido graças, principalmente, a quatro produtos, sendo dois do grupo de materiais ferrosos e dois de não ferrosos. São eles: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” com valor negativo, “ouro para usos não monetários”, “óxido de alumínio (alumina calcinada)” e “ferronióbio”, todos esses com variações positivas de preços sobre o indicador M/M-1. Os quatro representam 0,61 p.p. da variação no mês, cabendo 0,43 p.p. aos demais 20 produtos. Esses mesmos produtos haviam sido os destaques em março e abril. Veículos automotores: em maio, a variação foi de 1,80% em relação a abril. Este resultado, além de representar o nono mês consecutivo de aumento médio de preços, é a maior variação observada no setor desde janeiro de 2016 (quando houve um aumento de 2,13%). Com isso, a variação acumulada no ano alcançou 5,18%, sendo a maior variação em um mês de maio para este indicador em toda a série histórica. E a variação acumulada nos últimos 12 meses apresentou um aumento de 7,47%. Além de apresentar a segunda maior contribuição no cálculo do indicador geral (8,60%), a atividade se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por ter sido a quarta maior influência nos indicadores mensal (0,15 p.p. em 1,22%) e acumulado em 12 meses (0,60 p.p. em 4,60%). A atividade de veículos automotores, além de apresentar a segunda maior contribuição no cálculo do indicador geral (8,60%), se destacou, dentre todos os setores pesquisados, por ter sido a quarta maior influência nos indicadores M/M-1 (0,15 p.p. em 1,22%) e M/M-12 (0,60 p.p. em 4,60%). Em uma análise por produtos no setor, é possível observar que, entre os quatro produtos de maior influência na comparação mensal, todos eles impactaram positivamente o índice: “automóveis para passageiros, a gasolina ou bicombustível, de qualquer cilindrada”, “bombas injetoras para veículos automotores”, “freios, servo-freios ou suas peças e acessórios, para veículos automotores” e “veículos para o transporte de mercadorias a gasolina e/ou álcool, de capacidade não superior a 5 t”. A influência desses quatro produtos que mais impactaram a variação do mês em relação ao mês imediatamente anterior foi de 1,43 p.p., ou seja, os demais 19 produtos da atividade contribuíram com 0,37 p.p. Comunicação Social, |
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