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Em julho, Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 3,22% Imprimir E-mail

Período

Taxa

Julho de 2020

3,22%

Junho de 2020

0,60%

Julho de 2019

-1,20%

Acumulado em 2020

7,28%

Acumulado 12 meses

11,13%

Em julho de 2020, os preços da indústria subiram 3,22% em relação a junho/2020, a maior variação positiva da série, iniciada em janeiro de 2014.
O acumulado no ano atingiu 7,28%. Na comparação com julho de 2019, a variação de preços foi de 11,13%.
Em julho, 21 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 10 do mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

A publicação completa pode ser acessada aqui.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses

Indústria Geral e Seções

Variações (%)

M/M-1

Acumulado Ano

M/M-12

MAI/20

JUN/20

JUL/20

MAI/20

JUN/20

JUL/20

MAI/20

JUN/20

JUL/20

Indústria Geral

1,16

0,60

3,22

3,31

3,93

7,28

4,55

6,38

11,13

B - Indústrias Extrativas

9,13

3,75

14,46

4,77

8,70

24,42

-3,04

0,69

16,73

C - Indústrias de Transformação

0,81

0,45

2,67

3,24

3,71

6,47

4,94

6,67

10,84

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Em julho de 2020, os preços da indústria variaram, em média, 3,22% em relação a junho/2020. As quatro maiores variações foram nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (14,46%), refino de petróleo e produtos de álcool (11,65%), fumo (4,69%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (3,77%). Os setores de maior influência foram: alimentos (0,90 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,89 p.p.), indústrias extrativas (0,68 p.p.) e metalurgia (0,14 p.p.).

O acumulado no ano atingiu 7,28%, ante 3,93% em junho/2020. As atividades de maior variação foram: indústrias extrativas (24,42%), outros equipamentos de transporte (18,58%), madeira (17,30%) e metalurgia (16,92%). No acumulado do ano, os setores de maior influência foram: alimentos (2,83 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-1,77 p.p.), indústrias extrativas (1,10 p.p.) e metalurgia (0,98 p.p.)

No acumulado em 12 meses, a variação de preços foi de 11,13%, contra 6,38% em junho/2020. As quatro maiores variações foram em outros equipamentos de transporte (26,19%), alimentos (23,78%), madeira (19,21%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (17,75%). Os setores de maior influência foram: alimentos (5,24 p.p.), metalurgia (1,05 p.p.), indústrias extrativas (0,83 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (-0,72 p.p.).

A variação de preços de 3,22% em relação a junho repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: 1,34% em bens de capital; 4,19% em bens intermediários; e 2,25% em bens de consumo, sendo que 0,97% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 2,52% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Do resultado da indústria geral, 3,22%, a influência das Grandes Categorias Econômicas foi: 0,11 p.p. de bens de capital, 2,26 p.p. de bens intermediários e 0,86 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,06 p.p. se deveu às variações em bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,79 p.p. nos bens de consumo duráveis.

 

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses

Indústria Geral e Seções

Variações (%)

M/M-1

Acumulado Ano

M/M-12

MAI/20

JUN/20

JUL/20

MAI/20

JUN/20

JUL/20

MAI/20

JUN/20

JUL/20

Indústria Geral

1,16

0,60

3,22

3,31

3,93

7,28

4,55

6,38

11,13

Bens de Capital (BK)

3,21

-1,76

1,34

11,35

9,39

10,85

14,17

12,79

14,16

Bens Intermediários (BI)

1,01

-0,32

4,19

5,24

4,90

9,29

4,31

5,20

11,61

Bens de consumo (BC)

0,96

2,45

2,25

-0,86

1,57

3,85

3,01

6,82

9,86

Bens de consumo duráveis (BCD)

1,66

0,75

0,97

4,07

4,86

5,88

5,78

6,54

7,42

Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)

0,81

2,82

2,52

-1,86

0,90

3,44

2,43

6,87

10,39

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

 

No acumulado no ano, as variações de preços da indústria acumularam, até julho, variação de 7,28%, sendo 10,85% a variação de bens de capital (com influência de 0,81 p.p.), 9,29% de bens intermediários (4,97 p.p.) e 3,85% de bens de consumo (1,51 p.p.). No último caso, este resultado foi influenciado em 0,39 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 1,12 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Na comparação julho 2020/julho 2019, a variação de preços da indústria alcançou 11,13%, com as seguintes variações: bens de capital, 14,16% (1,07 p.p.); bens intermediários, 11,61% (6,29 p.p.); e bens de consumo, 9,86% (3,77 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,50 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 3,27 p.p..

A seguir os principais destaques:

Indústrias extrativas: na comparação com junho, os preços de julho variaram em média 14,46%, sendo o quarto aumento consecutivo, ainda que em patamar superior aos dos meses anteriores, 5,64% na média dos três meses. Com esse aumento, o acumulado no ano foi de 24,42%, o maior resultado entre todos aqueles do mês de julho na série (o primeiro número-índice desta série é de dezembro de 2013, portanto, o primeiro julho é o de 2014). Por fim, na comparação com igual mês de 2019, a variação foi de 16,73%.

O setor se destaca por ter apresentado as maiores variações tanto na comparação julho/junho quanto no acumulado no ano. Além disso, em termos de influência, o setor é o terceiro nos três indicadores calculados: em relação ao mês anterior (0,68 p.p., em 3,22%), acumulado no ano (1,10 p.p., em 7,28%) e acumulado em 12 meses (0,83 p.p., em 11,13%)

Alimentos: em relação a junho, os preços dos alimentos tiveram variação média de 3,69%, o maior aumento desde março (4,23%). Com isso, até julho, a variação acumulada no ano foi de 12,03%, segunda maior taxa da série no mês, perdendo para julho de 2012 (12,09%). Por fim, na comparação com julho de 2019, os preços mais recentes estavam 23,78% maiores.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter sido a segunda maior variação de preços, na perspectiva do acumulado em 12 meses e de, em termos de influência, ter sido a primeira nos três indicadores calculados: em relação ao mês anterior (0,90 p.p., em 3,22% da variação das indústrias extrativas e de transformação), acumulado no ano (2,83 p.p., em 7,28%) e acumulado em 12 meses (5,24 p.p., em 11,13%).

Os quatro produtos de maior influência no resultado de julho contra junho - responderam por 2,21 p.p., em 3,69% - foram: “açúcar VHP (very high polarization)”, “carnes e miudezas de aves congeladas”, “resíduos da extração de soja” e “óleo de soja em bruto, mesmo degomado”. Desses produtos, apenas “açúcar VHP (very high polarization)” aparece em destaque em termos de variação.

O aumento de preços do açúcar esteve atrelado ao aquecimento do mercado externo, não podendo perder de vista a depreciação do real. Em julho, a depreciação foi de 1,6%, mas o acumulado em 2020 atingiu 28,5% e entre julho de 2019 e julho de 2020, 39,7%. Essa depreciação também atingiu os demais produtos, uma vez que todos são exportados.

Refino de petróleo e produtos de álcool: pelo segundo mês consecutivo, depois de quatro resultados negativos, os preços do setor tiveram variação positiva, 11,65%. Vale observar que de fevereiro a maio, havia sido acumulada uma taxa de -36,67% e que de junho a julho a taxa foi de 30,81%. Seja como for, até julho o setor acumulou uma variação de -16,62% e, na comparação com igual mês de 2019, -7,29%.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter sido, na comparação julho contra junho, a segunda maior variação de preços entre todas as atividades das indústrias extrativas e de transformação, além de ter sido a segunda influência na comparação com o mês anterior (0,89 p.p., em 3,22%) e no acumulado no ano (-1,77 p.p., em 7,28%) e a quarta influência no acumulado em 12 meses (-0,72 p.p., em 11,13%).

Ao comparar os preços de julho contra junho, todas as variações foram positivas, prevalecendo, entre elas, as de derivados de petróleo. No caso de influência, destaca-se, ao lado de derivados de petróleo - com destaque para os dois produtos de maior peso no cálculo do setor, “óleo diesel” (40,74%) e “gasolina automotiva ou para outros usos, exceto para aviação” (23,06%) - a de “álcool etílico (anidro ou hidratado)”. Os quatro produtos de maior influência responderam por 10,32 p.p. da variação de 11,65%, ou seja, 1,33 p.p. é a influência conjunta dos demais seis produtos que compõem o setor.

Metalurgia: ao comparar os preços médios de julho contra junho, houve uma variação de 2,21%, sexto aumento observado no ano (apenas em junho houve queda de preços, de -3,22%). Com isso, o acumulado em 2020 ficou em 16,92% e o acumulado em 12 meses alcançou a variação de 17,57%. Um ponto a ser ressaltado na variação acumulada no ano é que este é o maior resultado para um mês de julho em toda a série histórica.

Neste mês, o setor se destacou, dentre todas as atividades analisadas, em quatro critérios: foi a quarta maior variação acumulada no ano, a quarta maior influência no resultado mês com o mês anterior (0,14 p.p. em 3,22%), a quarta maior influência no acumulado no ano (0,98 p.p. em 7,28%) e a segunda maior influência no acumulado em 12 meses (1,05 p.p. em 11,13%).

O resultado do mês foi obtido graças, principalmente, a três produtos, sendo dois do grupo de siderurgia e um de materiais não ferrosos, todos com variações positivas de preços. São eles: “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”, “bobinas ou chapas de aços galvanizadas, zincadas ou cromadas” e “ouro para usos não monetários”. O produto “óxido de alumínio (alumina calcinada)” também se destacou como uma das principais influências, mas impactando negativamente o resultado. Esses quatro produtos representam 1,36 p.p. da variação no mês, cabendo 0,85 p.p. aos demais 20 produtos.

Comunicação Social,
2 de setembro de 2020

 
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