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Índice de Preços ao Produtor (IPP) é de - 0,66% em março Imprimir E-mail

Período

Taxa (%)

Março de 2023

-0,66

Fevereiro de 2023

-0,29

Acumulado no ano

-0,66

Acumulado em 12 meses

-2,32

Março de 2022

3,12

 

Em março de 2023, os preços da indústria variaram -0,66% frente a fevereiro. Nessa comparação, 12 das 24 atividades industriais tiveram queda de preços.
O acumulado no ano foi a -0,66%, o segundo menor para um mês de março na série histórica iniciada em 2014. O acumulado em 12 meses ficou em -2,32% %. Em março de 2022, o IPP havia sido 3,12%
. 

  O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

A publicação completa pode ser acessada aqui.

Índice de Preços ao Produtor, segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções, Brasil, últimos três meses

Indústria Geral e Seções

Variação (%)

M/M-1

Acumulado no Ano

M/M-12

Jan/2023

Fev/2023

Mar/2023

Jan/2023

Fev/2023

Mar/2023

Jan/2023

Fev/2023

Mar/2023

Indústria Geral

0,29

-0,29

-0,66

0,29

0,00

-0,66

2,24

1,39

-2,32

B - Indústrias Extrativas

9,62

3,00

0,68

9,62

12,90

13,67

-7,85

-12,40

-20,31

C - Indústrias de Transformação

-0,13

-0,45

-0,73

-0,13

-0,59

-1,31

2,80

2,23

-1,15

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

Entre as atividades analisadas, as quatro maiores variações foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-4,10%); papel e celulose (-2,42%); outros produtos químicos (-1,41%); e calçados e produtos de couro (1,28%). Refino de petróleo e biocombustíveis, o maior destaque na composição do resultado mensal, foi responsável por -0,48 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,66% da indústria geral. Outras atividades em destaque foram outros produtos químicos (-0,12 p.p.), alimentos (-0,11 p.p.) e papel e celulose (-0,08 p.p.).

acumulado no ano atingiu -0,66%, ante 0,00% em fevereiro. Este é o segundo menor já registrado para um mês de março desde o início da série histórica, em 2014. Em 2022, a taxa acumulada até o mês de março havia sido de 4,91%.

As maiores variações foram em indústrias extrativas (13,67%), bebidas (7,67%), refino de petróleo e biocombustíveis (-7,08%) e vestuário (7,06%). As principais influências foram registradas em refino de petróleo e biocombustíveis: -0,85 p.p., indústrias extrativas: 0,59 p.p., outros produtos químicos: -0,42 p.p. e papel e celulose: -0,21 p.p.

acumulado em 12 meses foi de -2,32%, ante 1,39% de fevereiro. As quatro maiores variações foram: indústrias extrativas (-20,31%); outros produtos químicos (-19,85%); fumo (17,23%); e vestuário (16,18%). Já os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (-2,03 p.p.); refino de petróleo e biocombustíveis (-1,28 p.p.); indústrias extrativas (-1,24 p.p.); e veículos automotores (0,52 p.p.).

A variação de preços de -0,66% em relação a fevereiro repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: 0,74% em bens de capital; -1,21% em bens intermediários; e -0,07% em bens de consumo, sendo que a variação nos bens de consumo duráveis foi de -0,11%, e nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de -0,06%.

A principal influência entre as Grandes Categorias Econômicas foi exercida por bens intermediários, com peso de 56,83% no índice geral e respondendo por -0,69 p.p. da variação de -0,66% nas indústrias extrativas e de transformação.

 Índice de Preços ao Produtor, variação segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas, Brasil, últimos três meses

Grandes Categorias Econômicas

Variação (%)

M/M-1

Acumulado no Ano

M/M-12

Jan/2023

Fev/2023

Mar/2023

Jan/2023

Fev/2023

Mar/2023

Jan/2023

Fev/2023

Mar/2023

Indústria Geral

0,29

-0,29

-0,66

0,29

0,00

-0,66

2,24

1,39

-2,32

Bens de Capital (BK)

-0,25

-0,20

0,74

-0,25

-0,44

0,30

9,02

8,17

8,66

Bens Intermediários (BI)

0,33

-0,73

-1,21

0,33

-0,41

-1,61

-0,49

-1,66

-6,31

Bens de Consumo (BC)

0,35

0,41

-0,07

0,35

0,76

0,70

5,58

5,28

2,46

Bens de Consumo Duráveis (BCD)

0,78

0,10

-0,11

0,78

0,89

0,78

6,54

6,30

5,77

Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (BCND)

0,27

0,47

-0,06

0,27

0,74

0,68

5,39

5,08

1,83

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

Completam a lista, bens de capital, com influência de 0,06 p.p. e bens de consumo com -0,02 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em março se divide em -0,01 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e -0,02 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado no ano a variação foi de 0,30%, no caso de bens de capital; -1,61% em bens intermediários; e 0,70% em bens de consumo - sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 0,78%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis, 0,68%.

Em termos de influência no acumulado no ano, bens de capital foi responsável por 0,02 p.p. dos -0,66% verificados na indústria geral. Bens intermediários respondeu por -0,92 p.p., enquanto bens de consumo exerceu influência de 0,24 p.p., que se divide em 0,04 p.p. de bens de consumo duráveis e 0,20 p.p. de bens de consumo semiduráveis e não duráveis

No acumulado em 12 meses, a variação de preços de bens de capital foi de 8,66%. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram -6,31% neste intervalo de um ano e a variação em bens de consumo foi de 2,46%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 5,77% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 1,83%.

Em relação às influências, com peso de 35,64% no cálculo do índice geral, bens de consumo foi responsável por 0,84 p.p. dos -2,32% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de março de 2023, houve, ainda, influência de 0,59 p.p. de bens de capital e de -3,74 p.p. de bens intermediários.

O resultado de bens de consumo, em particular, foi influenciado em 0,31 p.p. por bens de consumo duráveis e em 0,52 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, este último com peso de 83,55% no cômputo do índice daquela grande categoria.

Indústrias extrativas – os preços do setor subiram 0,68%, terceiro resultado positivo consecutivo e o menor do trimestre (9,62%, em janeiro, 3,00%, em fevereiro). Com isso, o acumulado no ano chegou a 13,67%, menor que o de março de 2022 (31,35%). Frente a março de 2022, os preços recuaram 20,31%, 10º resultado negativo consecutivo nessa comparação.

A atividade foi a segunda influência no acumulado no ano (0,59 p.p., em -0,66%) e a terceira no acumulado em doze meses (-1,24 p.p., em -2,32%). Os preços dos dois produtos de maior peso tiveram variações opostas: a de "minério de ferro e seus concentrados" foi positiva; e a de "óleo bruto de petróleo", negativa. O mercado internacional influenciou o resultado interno.

Alimentos – pelo segundo mês consecutivo, os preços do setor variaram negativamente quando comparados ao do mês anterior: -0,61%, em fevereiro e -0,46%, em março. Com isso, o acumulado no ano chegou a -0,59%, o menor resultado observado no mês de março desde o de 2019 (-0,96%). Na comparação entre março de 2023 e o de 2022, a variação de 1,14% atual é a menor desde agosto de 2019 (0,73%).

O destaque dado ao setor se deve ao fato de seus resultados serem a terceira maior (em módulo) influência no indicador mensal (-0,11 p.p., em -0,66%), além de o setor permanecer como aquele de maior peso na indústria acompanhada pela pesquisa (24,18%).

Entre os produtos que mais influenciaram o resultado mensal (respondendo por -0,31 p.p, em -0,46%), estão dois derivados de soja, ambos com influência negativa, e "margarina" e "açúcar VHP (very high polarization)", com influência positiva. No caso dos derivados de soja, o período de safra explica essa pressão de baixa nos preços, o contrário do que acontece com os derivados da cana-de-açúcar, em período de entressafra.

Papel e celulose a atividade apresentou variação de -2,42% no indicador mensal, a segunda maior variação em módulo entre todas as atividades pesquisadas e a quarta maior influência no indicador (-0,08 p.p. em -0,66%). O acumulado no ano foi de -6,25%. A redução dos preços da celulose no mercado internacional foi o fator mais relevante para o resultado da atividade. Em relação aos últimos 12 meses, a atividade apresentou variação de 8,95%.

Refino de petróleo e biocombustíveis – na passagem de fevereiro para março, os preços do setor variaram, em média, -4,10%, quarto resultado negativo consecutivo. Com isso, o acumulado no ano chegou a -7,08%, menor março desde o de 2020 (-14,80%). No acumulado em 12 meses, a variação de -10,46% é a primeira negativa desde janeiro de 2021 (-1,22%) e a mais intensa desde junho de 2020 (-19,18%).

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ser a primeira variação no indicador mensal e a terceira no acumulado no ano (ambas negativas). Além disso, é a primeira influência no indicador mensal (-0,48 p.p., em -0,66%) e no acumulado no ano (-0,85 p.p., em -0,66%) e a segunda no indicador dos últimos doze meses (-1,28 p.p., em -2,32%).

Outros químicos – em março, os preços da indústria química recuaram 1,41% frente ao mês imediatamente anterior. O destaque do setor deve-se à dinâmica deflacionária, que perdura desde o segundo semestre de 2022. Com terceiro maior peso no cômputo do índice geral e deflação intensa relativa à média da indústria, o setor registrou a terceira maior variação de preços em termos absolutos na comparação com o mês imediatamente anterior (-1,41%) e a segunda maior influência na soma do Índice geral (-0,12 p.p.).

No ano, os preços na porta da fábrica terminaram o primeiro trimestre com recuo acumulado de -4,84%, o que resultou na terceira influência mais intensa no resultado agregado da indústria, -0,42 p.p. no total de -0,66% que o IPP acumulou em 2023. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a deflação acumulada em 12 meses chegou a -19,85%; comparado aos demais setores investigados pela pesquisa, o recuo só não é mais intenso do que o percebido nas indústrias extrativas e foi, em termos de influência, o principal responsável pelo resultado geral da indústria, contribuindo com -2,03 p.p. para a variação de -2,32% do IPP no período.

Os menores preços dos fertilizantes, acompanhando a dinâmica do mercado internacional, pautaram, por mais um mês, o sinal da variação setorial (-4,10%) frente ao observado em fevereiro.

Veículos automotores em março, a variação foi de 0,48%, o 33º resultado positivo consecutivo neste indicador, acumulando, nesse período, um aumento de 35,96%. Durante esse intervalo, o setor tem sido impactado por aumentos de custos em sua cadeia produtiva, em especial de insumos eletrônicos, por conta da crise de semicondutores, o que ajuda a explicar os maiores preços observados no período. No primeiro trimestre de 2023, o setor acumula uma alta de 1,03%. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 7,86%.

A atividade se destacou, por apresentar a quarta maior influência no indicador acumulado em 12 meses, com 0,52 p.p. em -2,32% da Indústria Geral (única influência positiva entre as quatro principais atividades nesse indicador), além de possuir o quarto maior peso atual no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 7,30%.

Comunicação Social
28 de abril de 2023

 
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