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Índice de Preços ao Produtor (IPP) é de - 0,35% em abril Imprimir E-mail

Período

Taxa (%)

Abril de 2023

-0,35

Março de 2023

-0,65

Acumulado no ano

-0,99

Acumulado em 12 meses

-4,63

Abril de 2022

2,08

 

Em abril de 2023, os preços da indústria variaram -0,35% frente a março, terceiro resultado negativo consecutivo. Nessa comparação, 12 das 24 atividades industriais tiveram queda de preços.
O acumulado no ano foi de -0,99%, o segundo menor para um mês de abril desde o início da série histórica, em 2014. O acumulado em 12 meses ficou em -4,63%, a maior queda da série histórica para esse indicador.
 

  O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

A publicação completa pode ser acessada aqui.

Índice de Preços ao Produtor, segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções, Brasil, últimos três meses

Indústria Geral e Seções

Variação (%)

M/M-1

Acumulado no Ano

M/M-12

Fev/2023

Mar/2023

Abr/2023

Fev/2023

Mar/2023

Abr/2023

Fev/2023

Mar/2023

Abr/2023

Indústria Geral

-0,29

-0,65

-0,35

0,00

-0,64

-0,99

1,39

-2,30

-4,63

B - Indústrias Extrativas

3,00

0,68

1,70

12,90

13,67

15,59

-12,40

-20,31

-8,39

C - Indústrias de Transformação

-0,45

-0,71

-0,45

-0,59

-1,30

-1,74

2,23

-1,13

-4,42

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

Entre as atividades analisadas, as quatro variações mais intensas foram: farmacêutica (3,97%); papel e celulose (-3,57%); madeira (-3,19%); e outros produtos químicos (-2,61%). Outros produtos químicos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação mensal. A atividade foi responsável por -0,22 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,35% da indústria geral.

Outras atividades em destaque foram refino de petróleo e biocombustíveis, com -0,18 p.p. de influência, papel e celulose (-0,11 p.p.) e farmacêutica (0,10 p.p.).

acumulado no ano atingiu -0,99%, ante -0,64% em março. A título de comparação, a taxa acumulada até o mês de abril em 2022 havia sido de 7,09%. O resultado de 2023 é o segundo menor valor já registrado para um mês de abril desde o início da série histórica, em 2014.

As maiores variações foram em indústrias extrativas (15,59%), papel e celulose (-9,89%), refino de petróleo e biocombustíveis (-8,57%) e bebidas (7,51%). As principais influências foram registradas em refino de petróleo e biocombustíveis: -1,03 p.p., indústrias extrativas: 0,68 p.p., outros produtos químicos: -0,64 p.p. e papel e celulose: -0,34 p.p..

acumulado em 12 meses foi de -4,63%, maior queda na série histórica deste indicador. As quatro maiores variações foram: outros produtos químicos (-25,22%); refino de petróleo e biocombustíveis (-17,41%); fumo (17,22%); e bebidas (14,28%). Já os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (-2,63 p.p.); refino de petróleo e biocombustíveis
(-2,22 p.p.); metalurgia (-0,90 p.p.); e indústrias extrativas (-0,44 p.p.).

A variação de preços de -0,35% em relação a março repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -0,19% de variação em bens de capital; -1,23% em bens intermediários; e 1,03% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis foi de -0,05%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 1,25%,

A principal influência entre as Grandes Categorias Econômicas foi exercida por bens intermediários, cujo peso na composição do índice geral foi de 56,34% e respondeu por -0,70 p.p. da variação de -0,35% nas indústrias extrativas e de transformação.

 Índice de Preços ao Produtor, variação segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas, Brasil, últimos três meses

Grandes Categorias Econômicas

Variação (%)

M/M-1

Acumulado no Ano

M/M-12

Fev/2023

Mar/2023

Abr/2023

Fev/2023

Mar/2023

Abr/2023

Fev/2023

Mar/2023

Abr/2023

Indústria Geral

-0,29

-0,65

-0,35

0,00

-0,64

-0,99

1,39

-2,30

-4,63

Bens de Capital (BK)

-0,20

0,98

-0,19

-0,44

0,53

0,34

8,17

8,92

8,55

Bens Intermediários (BI)

-0,73

-1,18

-1,23

-0,41

-1,58

-2,79

-1,66

-6,28

-8,78

Bens de Consumo (BC)

0,41

-0,13

1,03

0,76

0,64

1,68

5,28

2,40

-0,06

Bens de Consumo Duráveis (BCD)

0,10

-0,06

-0,05

0,89

0,82

0,78

6,30

5,82

3,55

Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (BCND)

0,47

-0,14

1,25

0,74

0,60

1,85

5,08

1,75

-0,73

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

Completam a lista, bens de consumo, com influência de 0,37 p.p. e bens de capital com -0,01 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em abril se divide em 0,00 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e 0,37 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado no ano a variação foi de 0,34%, no caso de bens de capital; -2,79% em bens intermediários; e 1,68% em bens de consumo - sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 0,78%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis, 1,85%.

Em termos de influência no acumulado no ano, bens de capital foi responsável por 0,03 p.p. dos -0,99% verificados na indústria geral até abril deste ano. Bens intermediários, por seu turno, respondeu por -1,60 p.p., enquanto bens de consumo exerceu influência de 0,59 p.p. no resultado agregado da indústria, influência que se divide em 0,04 p.p. devidos às variações nos preços de bens de consumo duráveis e 0,54 p.p. causados pelas variações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado em 12 meses, a variação de preços de bens de capital foi de 8,55% em abril/2023. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram -8,78% neste intervalo e a variação em bens de consumo foi de -0,06%, com bens consumo duráveis variando 3,55% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis, -0,73%.

Em relação às influências, com peso de 7,55% no índice geral, bens de capital foi responsável por 0,57 p.p. dos -4,63% de variação acumulada em 12 meses na indústria. Houve, ainda, influência de -0,02 p.p. de bens de consumo e de -5,17 p.p. de bens intermediários.

O resultado de bens de consumo foi influenciado em 0,19 p.p. por bens de consumo duráveis e em -0,21 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, este último com peso de 83,71% no cômputo do índice daquela grande categoria.

Indústrias extrativas Pelo quarto mês consecutivo, os preços do setor tiveram variação positiva (1,70%). Com isso, o acumulado no ano foi a 15,59% e o de 12 meses a -8,39%. Neste último indicador, as variações são negativas desde junho de 2022 (-10,13%).

Considerando todas as atividades industriais, o setor teve a maior variação na comparação de abril de 2023 contra dezembro de 2022. O setor foi a segunda influência no acumulado no ano (0,68 p.p., em -0,99%) e a quarta no acumulado em 12 meses (-0,44 p.p., em -4,63%).

Alimentos – Na comparação mensal, os preços do setor variaram, em média, 0,33%. Com esse resultado, o acumulado no ano chegou a -0,29% e, em 12 meses, a -0,75%, primeiro resultado negativo nesta comparação desde julho de 2019 (-0,73%).

Não é usual que o setor, o de maior peso na indústria (o peso atual em abril é de 24,33%), não se destaque entre os três indicadores calculados, quer como variação, quer como influência, mas isso ocorreu este mês.

Na composição do resultado do mês, o destaque em termos de pressão negativa foi dos derivados de soja, consequência da forte oferta do produto na atual safra. Na contramão, e pautando o sinal da variação setorial, estão o açúcar VHP e as carnes congeladas de ave. Apesar do início da colheita da cana em abril, a disponibilidade do açúcar não se deu de forma regular, com fortes chuvas que atrapalharam o transporte das áreas produtoras para a indústria. E, no caso da carne de frango, as indústrias produtoras identificaram uma maior demanda pelo produto, o que explica a elevação dos preços na passagem de março para abril.

Papel e celulose A variação de preços do setor foi a segunda maior na indústria geral, tanto no indicador mensal (-3,57%) quanto no acumulado no ano (-9,89%). Nos últimos 12 meses, o acumulado foi de 3,10%.  O principal motivo do resultado negativo no indicador mensal foi a queda nos preços internacionais da celulose e a variação de -3,7% do dólar frente ao real.

Refino de petróleo e biocombustíveis – Pelo quinto mês seguido, os preços do setor recuaram na comparação mensal, atingindo -1,64%. Com isso, o acumulado no ano foi -8,57% e o acumulado em 12 meses, -17,41%, queda mais intensa desde junho de 2020 (-19,18%).

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ele ter tido, a terceira variação mais intensa no acumulado no ano e a segunda no acumulado em 12 meses (ambas negativas). Já em termos de influência: é a segunda no indicador mensal (-0,18 p.p., em -0,35%) e no acumulado em 12 meses (-2,22 p.p., em -4,63%) e a primeira no acumulado no ano (-1,03 p.p., em -0,99%). Além disso é o segundo em termos de peso atual, 11,07%.

Outros químicos – A indústria química permaneceu como um dos principais indutores no IPP. Os preços recuaram 2,61% no mês, quarta taxa mais intensa entre as atividades investigadas. A redução provocou a maior influência (-0,22 pp.) na variação de -0,35% do IPP.

O preço dos químicos na porta da fábrica também foi destaque nos indicadores de longo prazo. O acumulado do ano foi de -7,35%, exercendo a terceira maior influência no índice geral, -0,64 pp. dos -0,99% de variação. O acumulado em 12 meses foi de -25,22% na comparação com abril de 2022, respondendo pela influência mais intensa na deflação recorde do IPP (M/M-12): -2,63 p.p. na variação de -4,63% da indústria geral.

Em abril, a petroquímica primária permaneceu em viés de alta, após meses anteriores de aumento dos preços internacionais da nafta em face do redirecionamento de demanda europeia e constrangimentos na oferta americana do insumo. O resultado setorial seguiu pautado, portanto, pelos menores preços domésticos dos fertilizantes e o componente adicional de retração de demanda nas lavouras de soja cumpre papel relevante nesse movimento, que esteve afetada nos últimos meses pela trajetória de queda do preço internacional dos macronutrientes.

Farmacêutica O preço dos medicamentos na porta da fábrica aumentou 3,97% em abril frente a março, em parte devido à liberação do reajuste anual determinado pelo órgão regulador do setor, o que permitiu ao produtor “tabelar” os preços em um novo patamar, com a majoração média mais intensa desde a passagem de março para abril 2022, data do último reajuste legal, quando os preços subiram 6,53%.

A variação de 3,97% foi a mais intensa entre as indústrias extrativas e de transformação, e deu a maior contribuição na composição do índice geral, com repasse de 0,10 p.p. para a variação de -0,35% do agregado da indústria. O resultado colocou o setor como o principal vetor, em termos de influência, a contrapesar a deflação percebida no IPP de abril.

Metalurgia A variação de preços da atividade foi de 0,10%, segundo resultado positivo consecutivo e o terceiro em 2023. O acumulado no chegou a um aumento de 0,80%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula uma redução de 13,12%, a queda mais intensa neste indicador desde novembro de 2022 (-13,76%). E é justamente no indicador acumulado em 12 meses, que o setor se destacou, apresentando a terceira maior influência dentre as 24 atividades pesquisadas no IPP, com -0,90 p.p. em -4,63% da variação da indústria geral.

O resultado do setor foi influenciado, principalmente, pelo grupo econômico siderúrgico, que, após uma sequência de nove quedas seguidas entre junho de 2022 e fevereiro de 2023, apresentou a segunda alta consecutiva ante o mês anterior, com um resultado de 2,31% em abril, acumulando uma variação de 2,17% nos quatro primeiros meses do ano. Porém, nos últimos 12 meses, o resultado do grupo continua no campo negativo, com uma variação de -11,43%.

Veículos automotores A variação mensal de 0,16% foi a 34º alta consecutiva neste indicador, acumulando, no período, alta de 36,31%. O setor tem sido impactado por aumentos de custos, em especial de insumos eletrônicos, por conta da crise de semicondutores. O acumulado do ano chegou a 1,29% e o acumulado em 12 meses (6,08%) teve seu menor resultado desde abril de 2020 (5,88%). A atividade de veículos automotores se destacou por possuir o quarto maior peso atual no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 7,34%.

 

Comunicação Social
30 de maio de 2023

 
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